A Universidade Federal do Piauí conseguiu junto à CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), a concessão de mais 84 bolsas de estudos para diversos cursos de pós-graduação da instituição. As bolsas foram concedidas em setembro, após a solicitação feita pelo reitor Luiz de Sousa Santos Júnior ao presidente da CAPES, Dr. Jorge Guimarães, totalizando 267 bolsas de mestrado e 27 bolsas de doutorado para os discentes dos programas de pós-graduação da UFPI.
Do total de bolsas adicionais concedidas em setembro, 79 foram distribuídas entre os 28 cursos de Mestrado oferecidos atualmente pela UFPI, e cinco delas para os cinco cursos de Doutorado. Isso representa um aumento de aproximadamente 46% em relação ao número de bolsas de mestrado que haviam sido ofertadas pela instituição no início de 2011, que era de 188.
Desde o início da gestão do reitor Luiz Júnior, houve uma significativa evolução no quadro de bolsas distribuídas na UFPI. Em 2004, por exemplo, quando só existiam nove Programas de Pós-Graduação na instituição, todos em nível de mestrado, eram ofertadas 48 bolsas de estudo. Quatro anos depois, esse número passou para 81, entre bolsas de mestrado e doutorado. Em 2011, através da ação da atual administração da UFPI junto à presidência da CAPES, as bolsas já somam 267 somente em nível de mestrado. Acompanhe a evolução do quadro abaixo:
Entre as diversas instituições de fomento à pesquisa que concedem bolsas de pós-graduação, além da CAPES, estão o Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) do Ministério da Educação (MEC), que concedeu 71 bolsas no biênio 2010/2011, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com 29 bolsas. Além destas, a UFPI ainda conta com cotas de bolsas provinientes de outras fontes como as Fundações de Amparo à Pesquisa de diversos estados, que junto a outros programas, totalizam 19 bolsas.
Critérios da Capes
De acordo com o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Saulo Brandão, entre os critérios utilizados pela Capes para a concessão de bolsas estão: o aumento no número de pós-graduações e no quadro de professores doutores envolvidos nos mesmos; o crescimento da universidade; a região onde essa instituição de ensino está estabelecida.
"A Capes prioriza as regiões que necessitam de mais investimentos em pesquisa, como o Nordeste. Além disso, a agência faz uma análise da evolução da instituição em relação ao cenário nacional. A UFPI, nos últimos sete anos, mostrou um avanço significativo nos critérios apontados pela Capes, por isso mereceu ser olhada com mais atenção, o que resultou na concessão dessas bolsas", explicou Saulo Brandão.
Para o professor, uma das consequências desse incentivo à Pós-Graduação é a fixação de pesquisadores no Estado. A oferta de cursos e de bolsas de estudo é uma maneira de fixar os bons alunos no Piauí, sem a necessidade dos mesmos se deslocarem de suas regiões para realizarem cursos de pós-graduação em outros locais. "A fixação desses profissionais ajuda a construir um celeiro de soluções para as necessidades do Piauí, já que cada dissertação ou tese apresentada é uma sugestão ou alternativa para os problemas locais e regionais", explicou o pró-reitor.
O Pró-Reitor acrescenta ainda que apesar de haver cerca de 300 professores envolvidos na Pós-Graduação, ainda é necessária a participação de mais professores doutores nos programas da instituição para que a UFPI receba cada vez mais investimentos em pesquisa. "A UFPI atualmente incentiva que professores se dediquem à vida acadêmica e procurem se qualificar cada vez mais. Com o envolvimento de outros professores na Pós-Graduação podemos dobrar, em poucos anos, o número de cursos stricto sensu oferecidos", relatou Saulo Brandão.
Coordenadoria de Comunicação Social da UFPI