15 de dezembro de 2011

Campanha diz NÃO a Cisterna de plástico do Governo Federal


A data 15 de dezembro foi eleita como o dia de mobilização nas rádios, importantes veículos de comunicação, sobretudo no meio rural.

Uma campanha está sendo mobilizada em todo semiárido pelas organizações que formam a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA Brasil) alertando sobre o uso das cisternas de plástico. Esses reservatórios começam a fazer parte da política governamental para levar água às famílias do Semiárido, a partir do Programa Água para Todos, no contexto do Plano Brasil Sem Miséria. A data 15 de dezembro foi eleita como o dia de mobilização nas rádios, importantes veículos de comunicação, sobretudo no meio rural.

A Asa lançou um documento elogiando a decisão do Governo Federal de universalizar o acesso à água no Semiárido, mas lamenta a utilização das cisternas de plástico como alternativa para alcançar esse objetivo. “As cisternas de plástico/PVC excluem a população local, não permitindo a sua participação no processo de reaplicação da técnica, criando dependência das empresas”, diz um trecho do manifesto.

Leia o documento

No Piauí, a ASA é representada pelo Fórum Piauiense de Convivência com o Semiárido (ASA Piauí) que reúne 11 entidades da Sociedade Civil, são elas: Caritas Brasileira Regional do Piauí, Caritas Diocesana de São Raimundo Nonato, Centro Regional de Assessoria e Capacitação (Cerac), Celta, Centro de Formação Mandacaru, Cootapi, Escola de Formação Paulo de Tarso, Obra Kolping, Fetag, Peixe que Ronca, CEFESA que atuam em diversos municípios do semiárido piauiense, beneficiando milhares de famílias com as tecnologias de captação de água.

Em todo semiárido a ASA já construiu 360 mil cisternas, através do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC). Isso tem gerado autonomia para mais de 1.700.000 pessoas sobre a gestão da sua própria água. Também foram construídas quase 12 mil tecnologias de captação de água para produção de alimentos, entre taque de pedra, cisterna-calçadão, barragem subterrânea e bomba d’água popular.

O Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido desenvolvido pela entidade é um exemplo premiado no Brasil e em vários outros países pelas mudanças existentes na região a partir de sua criação. De acordo a Asa, a cisterna de plástico, mesmo com um custo mais alto, não teria a durabilidade de uma cisterna de placa, além de concentrar os recursos nas mãos de poucas empresas e tirar da família o direito de fazer parte do processo de mobilização.

A data 15 de dezembro foi eleita como o dia de mobilização nas rádios, importantes veículos de comunicação, sobretudo no meio rural. No Piauí foram produzidos vários spots e boletins para ser utilizados pelas entidades. A ideia é ocupar os espaços durante toda a quinta-feira, com informações, entrevistas e veiculação de spots, falando dos efeitos negativos das cisternas de plástico que o governo federal quer instalar e dos benefícios das cisternas de placas, construídas pela ASA há mais de 10 anos.

A Campanha Cisterna de Plástico/PVC – Somos Contra! também está nas redes sociais. Os internautas podem acessar a página da Articulação no Semi-Árido no Facebook e curtir a campanha, deixando seu depoimento do porquê ser contra as cisternas de plástico.

Por Paula Andréas