11 de janeiro de 2012

Manifestação violenta

Jânio Holanda
O rumo que tomou a manifestação promovida pelos “estudantes” parece-me que caminha para uma direção perigosa. Por um lado, os manifestantes estão utilizando métodos poucos recomendáveis para quem almeja alcançar o objetivo das reivindicações. Por outro, a polícia não consegue reprimir a ação dos manifestantes na base do diálogo e termina usando a força para acalmar os ânimos dos provocadores da situação.

Árvore de Natal queimada, ônibus incendiados, depredados e pneus furados foi o saldo da semana. Enquanto isso a população passou por momentos de ansiedade nos terminais na esperança de conseguir locomoção para voltar para casa. Embora os empresários exagerem no preço da passagem a situação deveria ser contornada através de entendimentos. No entanto, a prefeitura que é responsável pelos transportes municipais não demonstrou nenhum entusiasmo em sanar a problemática.

De certo é que há cunho político nesta história, tanto por parte dos manifestantes como pelas autoridades públicas do município. Os meios de comunicação mostraram pessoas político-partidárias infiltradas nos atos ocorridos na Avenida Frei Serafim, inclusive com bandeiras ou camisas ilustradas com o símbolo da agremiação política as quais pertencem. Neste sentido, a mesma coisa acontece com pretensos candidatos nas eleições vindouras aproveitando o momento para divulgação do nome.

Numa questão que já tomou parte o vandalismo como o principal protagonista para as manchetes da imprensa, resta agora uma ação mais planejada das autoridades competentes para por fim em futuras situações como esta. O que vimos foram badernas que poderiam causar consequências muito além. A falta de controle por parte da segurança foi vista por todos e a ordem pública não foi mantida durante as manifestações.

Mas são fatos que a “democracia” permite, por isso que o país vive um caos de insegurança. Antes, atos dessa natureza eram comuns em cidades metropolitanas como o Rio de Janeiro e São Paulo. Agora acontece numa cidade como Teresina, extremamente menor que as duas. Lá esses acontecimentos são reprimidos à altura e não são prolongados. Enquanto aqui as autoridades não conseguem sequer debelar. Ou falta interesse político, por causa das eleições que se aproximam ou não existe competência para isso. Muda Piauí!

Jânio Holanda - Jornalista