A agricultura irrigada
requer uso intensivo de tecnologias e investimentos para alcançar
níveis elevados de produtividade e rentabilidade. Com foco nesse
objetivo, e atendendo exigências legais, a Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf)
oferece serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater)
aos pequenos produtores nos perímetros irrigados implantados pela
empresa. Esse trabalho faz parte da estratégia de promover e manter
a sustentabilidade desses projetos públicos de irrigação.
Atualmente, a Codevasf
disponibiliza os serviços de Ater, em caráter contínuo, a mais de
14 mil famílias de pequenos produtores, numa área de cerca de 68,4
mil hectares em 23 perímetros de irrigação em sua área de
abrangência, além outros dez perímetros do Sistema Itaparica,
implantados pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) na
Bahia e Pernambuco. Para este ano, os recursos envolvidos com essas
ações são da ordem de R$ 12 milhões.
O objetivo geral dos
serviços de Ater é capacitar os produtores e suas organizações
para o planejamento da produção e gerenciamento do lote;
conscientizar e orientar os produtores para a aplicação dos
princípios das boas práticas agrícolas. Além disso, possibilita a
apropriação pelos produtores de tecnologias que permitam o aumento
da produtividade, agregação de valor à produção e
competitividade.
As ações visam também
educar os produtores para o uso racional dos recursos de água e
solo, com o correto manejo da irrigação parcelar e estimular a
organização dos produtores para o empreendedorismo e a agricultura
familiar em moldes sustentáveis.
Aumento de
produtividade
Os serviços de Ater
têm resultado num salto surpreendente na produção. Por exemplo,
nos perímetros irrigados de Jaíba e Gorutuba (MG), graças aos
investimentos em assistência técnica, o valor total da
comercialização coletiva, via programas sociais, saltou de R$ 1,3
milhão, em 2007, para cerca de R$ 11 milhões, em 2011; no crédito
rural foram aplicados R$ 11,5 milhões no Jaíba e mais de R$ 3
milhões no Gorutuba. Em relação a uso de novas tecnologias, a
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), em
parceria com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a
Agência Nacional de Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
converteram 2.640 hectares para irrigação automatizada e
localizada, beneficiando 1.044 produtores. O incremento na adoção
de tecnologias, principalmente análise foliar e de solo, cresceu 40%
e a emissão de Certificação Fitossanitária de Origem (CFO’s)
foi de 2.784.
Na Bahia, nos
perímetros públicos irrigados no âmbito da Superintendência
Regional de Bom Jesus da Lapa, o investimento em Ater proporcionou um
incremento de 210% no valor bruto da produção, no período de 2008
a 2011. A área explorada aumentou em 25%; os cultivos perenes
tiveram incremento de 310% no VBP e a piscicultura experimentou
aumento de 55% na área dos viveiros.
Wendell Mota dos Reis,
produtor de arroz no Perímetro de Irrigação de Betume, em Sergipe,
avalia positivamente a atividade. “Além da assistência social,
importante para o direcionamento da produção e organização
familiar, a Ater contribui com técnicas inovadoras na rizicultura.
Isso repercute num grande aumento de produtividade, ao ponto do
perímetro ter batido o recorde de produtividade no ano passado. Esse
resultado repercute diretamente na geração de emprego. Quando o
produtor aumenta sua produtividade, ele obtém lucro maior e,
consequentemente, movimenta ainda mais a economia local, promovendo
aumento na oferta de empregos”, conclui.
Trabalho em parceria
Os serviços de Ater
são prestados pela Codevasf via contrato com entidades privadas, por
distrito de irrigação, e convênio com instituições
governamentais. Atualmente estão vigentes um convênio e 13
contratos celebrados com firmas especializadas.
“Com a implementação
da Sistemática de Acompanhamento, Controle e Avaliação dos
Serviços de Ater, a Codevasf vem exigindo melhor desempenho das
empresas contratadas, principalmente, na atualização técnica das
equipes e da metodologia de trabalho com os produtores”, explica
Frederico Calazans, secretário-executivo da Área de Gestão de
Empreendimentos de Irrigação da Codevasf.
Como parte da
metodologia de trabalho, as equipes de Ater procuram discutir com os
produtores os principais problemas e estabelecer um plano estratégico
de ações, indicando as soluções e envolvendo, de forma
participativa e comprometida, as organizações e instituições
públicas e privadas que atuam nos perímetros.
Mais informações:
www.codevasf.gov.br
Assessoria de
Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf