Geraldo Filho |
Artigo de autoria de
Geraldo Filho – Sociólogo, Bacharel e Mestre: professor do Campus
da UFPI de Parnaíba
Para que o memorial
obedeça uma lógica de exposição temporal, começo com minha
trajetória acadêmica na graduação de Ciências Sociais
(1984/1988) da UFC. Naquela época optei por fazer bacharelado, pois
já acreditava ser vocacionado para a vida de professor universitário
e, portanto, não me via lecionando nos níveis fundamental e médio
da educação.
Como já trazia comigo
o hábito de ler, adquirido na infância, naturalmente comecei a me
destacar nas salas de aula, em um curso no qual a quantidade de
leitura exigida é condição essencial para o bom desempenho
profissional, o que me rendeu convite, em março de 1986, para
trabalhar como bolsista do NEPS (Núcleo de Estudos e Pesquisas
Sociais), vinculado ao Departamento de Ciências Sociais e Filosofia,
coordenado à época pela Profª. Maria Cira de Melo Jorge Barbosa,
onde trabalhei na pesquisa “Plano Cruzado e Reforma Agrária”,
coordenada pela Profª. Maria Auxiliadora Lemenhe.
No mesmo período, o
que muito me envaideceu, recebi convite da Profª. Maria Tereza Frota
Haguette para trabalhar no NUDOC (Núcleo de Documentação
Histórica), então coordenadora do Núcleo. Porém, em razão do
compromisso prévio com o NEPS, declinei da proposta.
Ainda
em 1986, recebi o convite para participar da seleção de bolsista de
iniciação científica do CNPq, feito pelo Prof. César Barreira.
Efetivamente, de 1987/1988, fui seu bolsista. Os temas pesquisados
envolviam a estrutura de poder político e o clientelismo no campo
nordestino, e os dados coletados foram utilizados na sua tese de
doutorado, apresentada ao Departamento de Ciências Sociais da
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, e que
posteriormente, em 1992, se transformou no livro Trilhas e Atalhos do
Poder: conflitos sociais no sertão.
O contato com temas
típicos da sociologia rural dos sertões nordestinos me despertou o
interesse pela religiosidade popular, explicitada nas romarias,
festejos e missas católicas e sua articulação com a estrutura
política e econômica da região. Foi daí que veio a influência
para a monografia de bacharelado “Catolicismo popular: a
batinatravestida”, em 1988.
Na monografia, e dentro
dos limites de um trabalho monográfico e do amadorismo do autor,
procurei mostrar como temas políticos e econômicos eram utilizados
pela Teologia da Libertação junto às CEBs (Comunidades Eclesiais
de Base), da Igreja Católica, aproveitando-se de interpretações
dos evangelhos, principalmente do Novo Testamento, para conscientizar
os camponeses sobre os seus direitos de cidadania. Por isso“...
batina travestida”, no título, significava que os bispos e padres
ligados a ela orientavam-se por idéias socialistas, procurando
mesclar a crítica ao capitalismo feita por Marx e Engels com o
modelo teológico originário no Concílio Vaticano II (1962/1965),
denominado Opção Preferencial pelos Pobres.
Em 1989, ingressei no
Mestrado em Sociologia da UFC. Como o tema religião já havia sido
trabalhado na monografia de bacharelado continuei com ele no
mestrado, porém em outra direção. Quando fazia as leituras na área
de sociologia da religião para a monografia de graduação
deparei-me com livros que apontavam para outra teologia que, como a
Teologia da Libertação, nasceu do modelo teológico produzido pelo
Concílio Vaticano II: a Renovação Carismática Católica.
Assim surgiu a
dissertação de mestrado “Vivendo com os eleitos do Senhor:
Renovação Carismática como religião de mídia”. Saí, portanto,
da esfera do catolicismo popular e fui trabalhar com um catolicismo
espiritualista, no qual os problemas de ordem política e econômica
da sociedade não eram priorizados pelos religiosos, bispos e padres,
e sim a dimensão espiritual e individual da salvação da alma.
A Renovação
Carismática pode ser considerada o pentecostalismo católico. Tendo
nascido originalmente nos EUA, nos estados da Pensilvânia e
Maryland, tem grande semelhança com o pentecostalismo protestante
americano, principalmente quando se comparara a dinâmica litúrgica
das missas carismáticas com os cultos desse tipo de protestantismo,
caracterizados por muita música “gospel” arranjada como ritmos
modernos, orações coreografadas, milagres e profetizações. Como o
pentecostalismo protestante, a Renovação Carismática utiliza-se
ostensivamente de redes de televisão e rádio como meios de
penetração na sociedade.
A dissertação
concluiu que a Igreja Católica, instituição ocidental com quase
dois mil anos de existência, conseguiu essa longevidade em virtude
da sua capacidade de adaptar-se às transformações das sociedades,
gerando, dentro de si, teologias e pastorais que se adequam aos
contextos históricos vividos por aquelas sociedades onde a Igreja se
faz presente.
É importante ressaltar
uma característica pessoal que começou na graduação e foi se
aprofundando no mestrado: a necessidade que eu tinha de conhecer
novas teorias. Ao mesmo tempo em que lia Os Donos do Poder (Raymundo
Faoro), Coronelismo, Enxada e Voto (Vítor Nunes Leal), Homens Livres
na Ordem Escravocrata (Maria Sílvia de Carvalho Franco), Os
Parceiros do Rio Bonito (Antônio Cândido), Os Cavaleiros do Bom
Jesus (Rubem César Fernandes), etc., leituras no âmbito da
sociologia rural e da religião direcionadas pelo trabalho de
bolsista de iniciação científica e para a monografia, aos poucos,
paralelamente, fui tomando contato com a obra de Cornelius
Castoriadis (iniciando com Socialismo ou Barbárie e A Instituição
Imaginária da Sociedade) e Michel Foucault (A Microfísica do Poder
e Vigiar e Punir), graças à influência da Profª. Mirtes Miriam;
e, depois, Jurgen Habermas (Consciência Moral e Agir Comunicativo e
Conhecimento e Interesse), influência de Manfredo Oliveira.
Não posso deixar de
citar os estudos que fiz sobre pós-modernidade no mestrado, motivado
pela visita de Michel Maffesoli (O Tempo das Tribos e A Sombra de
Dionísio), sob a orientação do Prof. Ismael Pordeus, que já no
bacharelado havia introduzido esse tema nas disciplinas de
antropologia.
Na ciência política,
além dos clássicos Maquiavel, Hobbes, Rousseau e Locke, o mundo
liberal me foi apresentado pelos Professores Francisco José Loyola
Rodrigues e Francisco Josênio Camelo Parente, deles recebi o
estímulo para ler Raymond Aron (As Etapas do Pensamento
Sociológico), Maurice Duverger (Ciência Política) e José
Guilherme Merquior (O Marxismo Ocidental).
Como profissional de
ciências sociais minha trajetória começou quando ingressei como
professor de sociologia na Universidade Federal do Piauí, Teresina,
em 1992. Nesse ano meu filho nasceu em Parnaíba, cidade do litoral
do Piauí, fato que me levou à transferência (1994) para o Campus
da UFPI aí localizado. De 1992 até 1997, permaneci apenas na sala
de aula, mas comecei a ser convidado para palestras em outras
universidades e faculdades do estado, além de sindicatos e
movimentos vinculados às pastorais da Igreja. Comecei a fazer também
participações em programas de debate sobre temas sociais e
políticos nas TVs locais.
É dessa época a
leitura de dois livros que definitivamente jogaram minha curiosidade
para as fronteiras das ciências sociais com outras ciências: Casa
Grande e Senzala, de Gilberto Freyre e A Sociedade Democrática e
seus Inimigos, de Karl Popper.
Pode parecer estranho
que só tenha lido a obra máxima de Gilberto Freyre depois do
mestrado. Mas não se pode esquecer que seus livros eram pouco
adotados na graduação e no mestrado, pois pairava sobre ele o
preconceito ideológico de ser um intelectual de direita e, que,
ainda por cima, era acusado de amenizar nos seus trabalhos a
brutalidade e a exploração dos senhores de engenho sobre os
escravos, criando o mito de uma “democracia racial”. Há que se
conceder que quando entrei no bacharelado (1984) o período militar
sequer havia terminado e os militares só saíram em 1985, portanto,
durante minha formação ocorreu uma “desintoxicação” de tudo o
que tenha supostamente se identificado com o regime autoritário.
Mas, estudando seu
livro com olhos de pesquisador “durkheimiano”, descobri que a
interpretação que ele fez sobre a formação da sociedade
brasileira era absolutamente original, pois ele elegeu a sexualidade,
em plena década de 30, como tema de análise fundamental para
compreender a intensa miscigenação entre brancos, negros e índios.
A facilidade com que gostos, trejeitos, palavras, danças, comidas,
músicas foram intercambiados moldaram um imaginário social
complexo, que se constituiu apesar e para além da violência da
escravidão.
Já A Sociedade
Democráticae seus Inimigos de Popper, foi definitivo para galvanizar
minha crença de que a forte presença do Estado na sociedade, seja
como estado de bem-estar social ou estado socialista ou nazifascista,
acarreta fenômenos políticos deletérios para os indivíduos, como
o populismo e os totalitarismos de esquerda e direita. Cabe frisar
que ao longo da década de 90 se desenhava um cenário geopolítico
internacional novo, que poucos anos antes era impossível de se
prever: o fim da União Soviética em 1992; a internacionalização
dos mercados; reformas nos estados de bem-estar-social; a revolução
das tecnologias de informação. Pode-se resumir esse processo
político, econômico e social em uma palavra: globalização.
Mas, para entender esse
fenômeno em escala global eu precisava de estudar economia e
política internacional. Influenciado por Popper li A Estrada para a
Servidão, de Friedrich von Hayek. Em seguida assinei a revista do
Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio Contexto
Internacional.
Em 1997 recebi um
desafio do diretor do Campus da UFPI em Parnaíba: criar cursos de
pós-graduação, nível de especialização. Para tanto, assumi a
função de coordenador depesquisa e pós-graduação, e só me
desincumbiria dessa missão 12 anos depois, em 2009.
Foi uma experiência
totalmente nova, pois nunca quis ser chefe de departamento ou
coordenador de curso, mas a possibilidade de criar e administrar algo
novo, na minha universidade, na minha cidade, deixou-me estimulado.
Durante os 12 anos como
coordenador de PPG lancei cursos de especialização que se pautaram
por três critérios: demanda do mercado local e regional (entorno de
Parnaíba, cidades do Piauí, Ceará e Maranhão); disciplinas que
atendessem as necessidades práticas dos alunos no seu cotidiano
profissional; qualidade dos professores e das instalações físicas.
Algumas vezes a demanda
por cursos superava a capacidade local do Campus no que se referia à
formação dos professores dos departamentos. Por exemplo: havia
procura por cursos de matemática, história e psicopedagogia, porém,
o quadro de professores de que dispunha estava preparado para cursos
em administração de empresas, economia e pedagogia.
Resolvi essas
dificuldades fazendo parceria com professores da UFPI em Teresina e
com a UNICE-Ensino Superior, em Fortaleza. Assim, consegui consolidar
a pós-graduação no Campus de Parnaíba e, no período de 12 anos,
realizei com minha equipe vários cursos de especialização:
Docência do Ensino Superior (03 turmas), Administração de
Organizações Educacionais, Metodologia para o Ensino de Ciências,
Matemática, Administração de Empresas (02 turmas), Administração
de Pequenas e Médias Empresas, Gestão de Negócios, História do
Brasil, Psicopedagogia (04 turmas) e Psicomotricidade.
No entanto, em nenhum
instante, nesses 12 anos, afastei-me da sala de aula e dos estudos.
Em 2005, publiquei o livro Introdução às Sociedades Abertas. No
livro, tomando como base a teoria das significações imaginárias
sociais, desenvolvida por CorneliusCastoriadis, procurei mostrar os
significados (sentidos) com os quais a família ocidental, de origem
judaico-cristã, foi investida na passagem dos séculos.
Também procurei
descrever, à luz de Karl Popper, processos socializatórios que
instauraram sociedades fechadas e abertas. Chegando a conclusão de
que para comparar sociedades, e assim fugir das armadilhas do
relativismo cultural como o imobilismo analítico e a justificativa
de barbaridades, deve-se lançar mão do paradigma ético: só é
aceitável como processos socializatórios aqueles que preservem
integralmente a vida do ser humano, sua liberdade de pensar, de ser e
de agir.
No livro, discuti as
dificuldades de delimitação do espaço público e do privado no
Brasil. Retratando como os conjuntos de significações imaginárias
de povos diversos, com diferentes níveis de desenvolvimento
sócio-econômico, que aqui se misturaram, definiram uma sociedade de
identidade plural, amorfa e plástica, o que gera problemas para que
um indivíduo nascido no Brasil tenha clareza para distinguir o que
“é seu” e o que “é de todos”.
Fiz ainda um capítulo
onde tratei do impacto da globalização no mercado de trabalho, isto
é, como a introdução das tecnologias de informação no setor
agropecuário e industrial liberava gente para o setor de serviços.
Porém, como também os serviços modificavam a composição do
processo de trabalho, com a introdução de tecnologias informáticas
(caso clássico do sistema bancário com as máquinas de
auto-atendimento), surgiu uma situação singular no mundo
capitalista: apesar dos países, como o Brasil, naquele momento (anos
90 até 2008) vivenciarem um “boom” de crescimento e
desenvolvimento econômico, portanto não estavam em recessão,
persistia e aumentava uma taxa de desemprego incômoda, formada por
“desempregados funcionais”, isto é, sem qualificação para as
novas ocupações criadas no mercado, que muitas vezes eram as mesmas
ocupações tradicionais, só que com um nível tecnológico
avançado. Um operador de colheitadeira ou de retroescavadeira de
hoje está muito distante do tratorista de uma ou duas décadas
atrás. É esse fenômeno que o Brasil tomou conhecimento agora como
“apagão de mão-de-obra”.
No ano de 2005,
resultado de um dos mais exitosos cursos de especialização lançados
pela CPPG, História do Brasil, publiquei, como um dos organizadores,
o livro Fragmentos Históricos: experiências de pesquisa no Piauí,
constituído por uma coletânea de artigos de professores e alunos do
curso, que abordavam aspectos históricos das cidades do litoral
piauiense a partir das linhas de pesquisa atuais da história:
memória, cidade, história oral e movimentos sociais.
Ao mesmo tempo em que
administrava a CPPG também ministrei aulas na pós-graduação de
outras instituições, como da Faculdade Piauiense (FAP), e também
continuei a aceitar convites para palestras (FAP, Universidade
Estadual, Igreja Católica, Rotary Club, SESC, FIEPI e colégios de
ensino médio).
Em setembro de 2004,
comecei colaboração com o que na época era um site e depois
transformou-se em blog de notícias, o “acesso343.com.br”. Nele,
mantenho uma coluna na qual já publiquei 54 artigos, numa média de
06 artigos por ano, sempre abordando temas da atualidade: política,
economia, violência e justiça, crônica social, temas existenciais
(sentido da vida) e cultura.
Na verdade, transportei
para o espaço virtual que os sistemas de informação permitem, a
internet, meu trabalho de articulista, que remonta à graduação, em
Fortaleza, quando publiquei nos Cadernos de Cultura, de O Povo,
“Compadrio: base de sustentação do clientelismo no campo”, em
1988. Daí em diante escrevi esparsamente para O Povo e Diário do
Nordeste e, em Teresina, para O Dia.
Mas, nada como a
internet. Pois nos jornais há problemas de espaço nas colunas e de
edição, que ocasionalmente mutilam o texto original, sem contar a
orientação ideológica dos redatores. Na internet o texto é
totalmente do autor, no tamanho, na concatenação das idéias e no
ideário político. Além disso, a internet leva uma vantagem
excepcional sobre a publicação de artigos nas revistas científicas,
não obstante reconheça sua importância: o autor escreve e será
lido no contexto dos acontecimentos.
Não é nada agradável,
nem para o articulista e nem para os leitores, se fazer uma análise
socioeconômica ou política hoje para ser lida daqui a seis meses.
Acredito que a universidade tem de estar em sintonia permanente com a
sociedade, e em um mundo de rápidas transformações nos
comportamentos e nos processos de trabalho os professores têm muito
no que contribuir.
Por essa dinâmica
avassaladora de mudanças ao meu redor é que em alguns momentos me
sinto intimidado diante da sociedade e me questiono: até onde eu
devo ir, na aventura da busca pelo conhecimento, para continuar dando
conta, ainda que humildemente, mas honestamente, das minhas tarefas
profissionais? É possível para um cientista social, como também
para vários profissionais de outras áreas, manter-se saudável
diante da “destruição criativa” dos processos de trabalho que o
obriga a atualizações constantes do seu conhecimento?
Nesse ano de 2012,
comecei a ministrar aulas no PARFOR (Programa de Formação de
Professores, gerenciado pela CAPES), para uma turma de ciências
sociais, cujos alunos já atuam no ensino fundamental e médio,
portanto já têm um curso superior. Nunca me preocupei tanto com a
qualidade da formação de alunos como esses, porque neles eu me
projetei no tempo de volta para 1984. Disponibilizei documentários;
fiz uma listagem de filmes nacionais e internacionais que eles devem
assistir; passei uma bibliografia mínima que eles devem dominar no
nível inicial de formação em que estão; disponibilizei minha
biblioteca e comecei um trabalho de orientação à distância com o
objetivo de avaliar os livros de sociologia que os colégios estão
adotando no médio.
Já me questionei sobre
a razão de toda essa preocupação. É porquê dentro de pouco tempo
esses homens e mulheres estarão sendo exigidos e avaliados no
mercado pela qualidade dos seus conhecimentos, se não responderem a
altura ficarão para trás, substituídos por outros mais aptos ou
por outros meios não-humanos (hologramas virtuais, robôs) que
suprirão essa necessidade. Eis a “destruição criativa”!
Por essas considerações
encaminho meu projeto de doutorado para a linha de pesquisa
“Processos de Trabalho, Estado e Transformações Capitalistas”.
Peter Drucker, o grande guru da administração de empresas na
segunda metade do século XX, denominou a sociedade que emergiu com a
globalização de “sociedade do conhecimento”, pois foi o
conhecimento que passou a ser o ativo gerador de valor nesse mundo.
Os cientistas sociais,
ao tempo em que acompanham e analisam os processos de transformação
no mundo do trabalho, também recebem já no decorrer de sua formação
as consequências dessas mudanças. É por isso que acredito que o
estreitamento de interesses entre as ciências sociais, a biologia
evolutiva e a neurociência seja um caminho promissor para melhorar
cada vez mais o desempenho profissional do jovem sociólogo,
antropólogo e cientista político na árdua missão de compreender e
explicar o comportamento do homem em sociedade.
Vi os celulares saírem
das telas de cinema e TV (série Jornada nas Estrelas – Star Trek)
para tornarem-se utensílios comuns nas mãos das pessoas, mas ao
custo de milhares de telefonistas que perderam seu emprego pelo
mundo; vi os pilotos de caça perderem o “glamour” de sua
profissão (Ases Indomáveis – Top Gun), substituídos por aviões
“robôs”, controlados à distância por um “nerd”, que não
precisa ter habilidades de luta ou um super preparo físico...
Pergunto então: o que nós faremos se os “robôs” saírem das
telas de “Eu, Robô” (I, Robot) e resolverem se tornar cientistas
sociais?!
(Obs: Memorial aprovado
na seleção de doutorado UFC 2013/1)