A necessidade de
diálogo entre as diversas instituições governamentais para que se
promova o desenvolvimento sustentável da região Nordeste foi
ressaltada pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales
do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Elmo Vaz, durante a
abertura do seminário sobre o projeto de Corredor Multimodal do rio
São Francisco, no Catussaba Resort Hotel, em Salvador. O evento, que
vai até sexta (1º), é fruto de parceria entre a Codevasf e o Banco
Mundial e tem como objetivo dar seguimento ao debate
interinstitucional embasado por estudos preliminares elaborados pelo
Banco.
"Os temas
desenvolvimento regional e integração nacional são indissociáveis
do tema transportes", salientou Vaz.
Presente à abertura do
evento, o governador Jaques Wagner parabenizou a decisão do governo
federal de retomar um projeto que inclui a hidrovia. “O nosso
primeiro meio de transporte foi a hidrovia do São Francisco. Mas o
Brasil, no passado, fez uma opção excludente pelo modelo
rodoviário, que chega a ser nove vezes mais caro que o transporte
hidroviário e muito mais prejudicial ao meio ambiente”, disse o
governador.
O objetivo do projeto
do Corredor Multimodal de Transporte do rio São Francisco é
ampliar, integrar e articular as estruturas hidroviária, rodoviária,
ferroviária e portuária da bacia hidrográfica do São Francisco.
Os estudos relacionados à implantação do Corredor, cujo eixo é a
hidrovia do São Francisco, estão sendo realizados pelo Banco
Mundial. "O conceito de Corredor tem sentido de integração,
inclusive em termos de gestão", explicou Ralf-Michael
Kaltheier, líder do projeto no Banco Mundial, em sua palestra no
seminário.
Representando o
Ministério da Integração Nacional (MI) no encontro, o assessor
especial do órgão, José Machado, afirmou que os benefícios do
desenvolvimento de hidrovias não são objeto de disputa no Brasil.
"Todos reconhecem a necessidade de se desenvolver o modal
hidroviário. Os obstáculos são de natureza político-institucional,
de planejamento integrado", afirmou.
O secretário de
planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielli, afirmou em sua
palestra que o crescimento e a competitividade econômica do estado e
da região Nordeste como um todo dependem da multimodalidade de vias
de transporte.
"Sabemos que um
container de frutas saído de Juazeiro, na Bahia, chega a Roterdã,
na Holanda, custando US$ 5 mil a mais do que um container saído do
Chile, que precisa ir pelo Oceano Pacífico e passar pelo Panamá",
afirmou Gabrielli. De acordo com ele, os produtos mais movimentados
em 2012 na área baiana do Vale do São Francisco foram madeira
(31%), cana de açúcar (19%) e frutas (16%).
O seminário vai até
sexta-feira (1º) e é apoiado por Ministério dos Transportes,
Ministério da Integração Nacional, Agência Nacional de
Transportes Aquaviários, Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes e Governo do Estado da Bahia. Especialistas nas áreas de
transportes e desenvolvimento regional participam dos debates.
Assessoria de
Comunicação e Promoção Institucional