O Centro de Referência de Assistência
Social – CRÁS, do Bairro João XXIII, por sugestão do acadêmico
do curso de assistência social, Wellington de Araújo, realizou na
manhã de hoje, no Plenário da Câmara Municipal, um Fórum com a
temática:” Conhecendo e criando formas de enfrentamento à
violência urbana”, do qual participaram alguns vereadores, à
frente a Presidente da Casa, vereadora Neta Castelo Branco, além do
comandante do 2º BPM- tenente-coronel Raimundo Sousa, o defensor
público Marco Antônio Siqueira e um grupo de adolescentes do Pro-
Jovem Adolescente, programa desenvolvido pela SEDESC – Secretaria
do Desenvolvimento Social e Cidadania, que foi representada pela sua
diretora e um grupo de assessoras.
Foram expostas várias situações de
violência enfrentadas pelos moradores daquele bairro, de estupros a
assaltos, drogas, brigas de rua entre facções criminosas, enfim,
“coisas que poderiam ser evitadas se houvesse um aparato policial
maior”, defendeu Wellington Araújo.
Para o defensor público, Marcos
Antônio Siqueira, uma das razões da falta de maior eficiência das
ações policiais é porque na hora da denúncia a população não
quer colaborar, porque “ninguém quer se comprometer, o que é bom
para a defesa do bandido”.
O tenente-coronel Raimundo Sousa, ao
usar da palavra, explicou as dificuldades enfrentadas pelo 2º BPM, a
partir da escassez de contingente, reduzido nos últimos 10 anos,
além da falta de combustível. ”Há um limite diário de
combustível. Só podemos botar 20 litros”, disse o Comandante,
evidenciando que se a população colaborasse mais com informações
os resultados do trabalho da polícia seriam melhores. ”Os maiores
crimes desvendados por nós tiveram a ajuda da população”,
enfatizou. Ele assegurou ainda que o combate ao tráfico de drogas
vai continuar intenso. “Não vou dizer nada. Esperem! Não estamos
tontos, estamos atentos. A gente só precisa de um pouco mais de
tempo”, destacou.
A vereadora Neta Castelo Branco
corroborou com as palavras do tenente-coronel Sousa, que reclamou da
falta de apoio maior do Governo, com relação a melhorias para a PM
em Parnaíba, onde as viaturas estão sucateadas e das novas que
chegam ao Estado nada é destinado para cá. “Não sei por que o
comando geral da PM não olha para Parnaíba, como deveria, por se
tratar da segunda maior cidade do Estado. Será que só vamos ter
valor no ano que vem?”- questionou, afirmando jamais haver
conhecido um comandante no Batalhão Major Osmar com tanta dedicação
aos problemas de violência na cidade, como o atual comandante,
Raimundo Sousa.
Encerrando, o estudante Wellington
Soares agradeceu aos presentes e lamentou a falta de uma maior
participação e envolvimento com a problemática da situação dos
que vivem no bairro João XXIII.
Por Bernardo Silva