28 de janeiro de 2009

Ainda a sucessão


Artigo de autoria do Jornalista Jânio Pinheiro de Holanda

Na edição de segunda-feira passada, tratei sobre o tema da sucessão estadual que estaria sendo antecipada por representantes de partidos, tanto da base aliada, como da oposição. Naquelas mal traçadas linhas este humilde escriba fazia um apelo, através de artigo cujo título dizia: Sucessão estadual, deixem para 2010, no sentido de alertar os “nossos representantes” sobre assuntos mais relevantes do Estado que deveriam ser tratados em primeira mão.

Pensei que o assunto fosse levado em consideração, no entanto, fiquei mais surpreendido ainda, quando os jornais - um dia após a publicação do referido artigo - noticiaram estampadas em manchetes, o lançamento, por sinal, bastante antecipado da candidatura do secretário da fazenda, Antônio Neto, pelo próprio – podemos assim dizer – adversário na disputa pela vaga do Partido dos Trabalhadores (PT), Antônio José Medeiros, que é deputado federal e atualmente exerce o cargo de secretário de educação. Conforme, os comentários o mesmo teria desistido de sua candidatura por livre e espontânea vontade.

Porém, todos sabemos que o governo do PT reúne nada mais nada menos que aproximadamente oito siglas partidárias e todas elas se acham no direito de reivindicar uma candidatura executiva entre as quatro vagas existentes: governador, vice, e senador (duas). Pergutamos: será que todos esses partidos vão continuar na base aliada para apoiarem Antônio Neto, do PT, ou procurarão rumos distintos?

Outra interrogação que permeia em todas as rodas onde o assunto é política trata da questão Wellington Dias. Ele fica no governo ou se afasta para ser candidato ao senado? O resultado parece-me empatado, pois uma parte diz que sim e a outra não. Aí entra aquele velho ditado popular: se ficar o bicho pega e se correr o bicho come...E aí? Segundo os analistas políticos, se ele ficar o candidato Antônio Neto emplaca, mas se sair abrirá precedente para os mais desejosos de sentar na cadeira de governador em 2011. Leia-se, o vice-governador Wilson Martins e o senador João Vicente Claudino, aliados de hoje, mas pretensos adversários amanhã.

E o PMDB? Este partido, desde que o senador Mão Santa foi apeado do poder, perdeu o rumo. A unidade acabou e alguns nomes de maior significância política no Estado se encontram no governo do PT, e assim vão se aproveitando das benesses oferecidas. Outras lideranças permaneceram na oposição e os que têm mandato ainda permanecem vivos por causa deste privilégio, os outros estão no ostracismo. Portanto, o assunto sucessão estadual - após o lançamento do candidato do PT – estará em pauta diariamente na imprensa local.