28 de janeiro de 2009

Das Luzes para as Trevas


Artigo de autoria de Alborino Teixeira da Silva - Professor da Rede de Ensino do Estado do Piauí

Nem mesmo as missas escapam do descaso e da escuridão da Cepisa, Companhia Energética do Piauí. Foi dia 17 de janeiro às 19h30min por ocasião da missa do Senhor (domingo) na igreja de Matriz de Santa Joana D’arc, faltou energia, logo no início da celebração, mas o padre não se intimidou e continuou o seu ritual normal. Até que, enfim, a luz voltou, como se diz no popular. Só que após as leituras inclusive a do evangelho, o padre pega o microfone muito entusiasmado, animado e vai à frente do altar e junto com os fiéis começa a pregar a homilia. A energia falta novamente. Os fiéis exclamaram coletivamente: Assim não dá! Há! Há! Há! Logo a equipe de liturgia e os demais ajudantes do padre começaram a acender velas e candeeiros e colocar nas mãos do povo. Vale dizer que essa não é a primeira vez que isso acontece. A igreja estava lotada, idosos, jovens, crianças, senhoras grávidas, pais empurrando cadeiras com seus deficientes físicos. A missa terminou ainda às escuras e a Cepisa não apareceu apesar de ter sido solicitada. Os fiéis saíram com dificuldades, idosos resmungavam, criança chorava no colo da mãe e do pai, além de outras pessoas passando rápido na frente umas da outras com medo de ser abordadas por maus elementos, pois a violência campeia na nossa região apesar do esforço das polícias Civil e Militar em nossa região. É muita falta de compromisso e de responsabilidade da Cepisa. Os bandidos assaltam à luz do dia, imagine na escuridão. Onde estão a Cepisa e seus gestores? Aonde anda o presidente Decart que veio para salvar a Cepisa? Esta cidade só falta cantar a música dos anos trinta no Rio de Janeiro: de dia falta água, de noite falta luz. Paciência! Assim não da pra ter paz! A não ser a do cemitério, e essa não interessa ao povo. Paz é Dom e tarefa.

O povo de Teresina, a população precisa se mobilizar em torno da falta de energia pela qual pagamos um alto preço e a grande maioria da população dorme no escuro principalmente nos bairros periféricos da cidade.