Na noite de ontem (3), a categoria médica decidiu fazer uma nova paralisação de advertência nos dias 9, 10 e 11 de dezembro em repúdio ao descaso da Prefeitura de Teresina e do Governo do Estado frente à paralisação realizada no último dia 2. Os médicos não descartaram a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado.
“O mínimo que os gestores deveriam ter feito era chamar para conversar. O senhor Firmino Filho (presidente da Fundação Municipal de Saúde) foi para as TVs chamar de insignificante o movimento. Ao contrário do que falou, a adesão foi de quase 100%. Ele está menosprezando não só a categoria médica, mas também todo o sofrimento das pessoas que voltaram para casa sem atendimento naquele dia”, declarou indignado o presidente do Sindicato dos Médicos, Leonardo Eulálio.
Segundo o presidente do SIMEPI, a categoria decidiu não suspender o atendimento no Natal e Reveillon em respeito à população. A próxima paralisação também deve atingir a totalidade dos hospitais da rede pública de saúde de todo o estado. A urgência funcionará com apenas 1/3 da escala de plantão.
“Lamentamos profundamente o posicionamento do prefeito Sílvio Mendes, que nem aceitou negociar, apesar de ser médico também. Está preocupado é com política, com as próximas eleições. Chegou a hora de mostrar que a Saúde não suporta mais esse tipo de postura”, afirmou Eulálio.
Caso não haja negociação, a categoria voltará a se reunir em assembléia para decidir se deve ou não iniciar uma greve geral já no mês de janeiro, após as festividades de final de ano. Os médicos exigem reajuste salarial escalonado de 30% a cada 6 meses, em dois anos e meio, elevando o piso salarial da Prefeitura e do Estado para cerca de 3 mil reais.
SIMEPI