Vicente "Potência" |
O Bairro Campos, no
final do século XIX, estendia-se a partir do logradouro hoje
denominado Rua Dr. Francisco Correia seguindo em direção à lagoa
do Portinho. Posteriormente, com a construção da Estrada de Ferro a
sua área passou a se iniciar no leito dessa ferrovia, no mesmo
sentido, e até os anos 50 limitava-se ao norte com o outrora bairro
Macacal e ao Sul com o bairro Guarita através da Rua Guaporé.
Naquela época consolidou-se a sua ocupação com a chegada de
famílias das regiões da lagoa do Sobradinho, Cocal, Bom Princípio
e cearenses vindos de Camocim e Granja.
Já na década de 60,
quando da santificação dos bairros da Parnaíba, deixou de existir
e juntando-se à Guarita passou a ser bairro São Francisco.
Somente, a partir de 1998, através da Lei Municipal nº 1650, de 02
de dezembro de 1998, o bairro Campos voltou a existir com um
perímetro menor formado pelas vias publicas Av. São Sebastião, Rua
Tabajara, Rua Samuel Santos e Av. Princesa Isabel. É verdade que
ficou menor, mas, mesmo assim, os seus moradores ficaram satisfeitos
em estarem residindo no bairro onde em 1896, o famoso escritor membro
da Academia Brasileira de Letras Humberto de Campos Veras, ainda
menino, plantou no quintal de sua casa nos CAMPOS o seu famoso
cajueiro ainda hoje existente.
Atualmente, além das
residências dos descendentes daqueles que primeiro chegaram e outros
mais recentes, estão edificados os prédios da Igreja do padroeiro
São Sebastião, O Convento da Ordem dos Franciscanos, a Escola São
Francisco dos Capuchinhos, o Colégio José Euclides de Miranda, a
Editoria do Portal Jornal da Parnaíba, os clubes Ferroviário
Atlético Clube e FLAPARNAÍBA, varejistas, entre eles, Parnauto
Construções, Felipe Fontenele Construções, Chico Cajazeira,
Bernardo Garapeiro, Waldir Fontenele, Manoel Bicudo, Hildo, Luiz
Fontenele, Dedé Francelino, Chico Pereira e Rosa Veras, os bares do
Hélio-Casa de Turma, Gerardo da Vila, Carimbó, Chico Portela, bem
como, Assados da Jesus, Serginho Bebidas, Construções Zé
Joaninha e César Marmoraria.
Mas, mentalizando um
famoso samba do compositor AGEPÊ, expresso-me : É no bairro Campos
que moro e onde me sinto bem, principalmente aos domingos, quando
perambulando pelas suas ruas estou sempre me encontrando com velhos
amigos ainda vivos, mas com lembranças daqueles que se foram há
algum tempo, entre eles Nonato Aguiar, Samuel, Cita, Pedro Garapeiro
Filho, Pantiquinho, Courinho, Chito Velho, Norato, Chico da Bela,
Calú, Pedrão, Gororoba, Compadre Alciomar, Vicente Pinto, Zé
Gomes, Vicente Rasga, Chagas Vieira,Zé Narciso, Raimundinho do
Nonato Cabecinha, Chico Cajazeiras , Marcelo do Chico da Bela , Zé
Maria Reduzido, Heliodoro e mais recentemente o meu amigo e parceiro
Sissí do Aguiar – O Patrulheiro Rodoviário que nunca multou
alguém.
Vicente de Paula Araújo
Silva ¨Potência”