Jânio Holanda |
Começamos este artigo
com uma interrogação: será que todos os partidos políticos do
Piauí aprovam a administração de Wilson Martins? Pois é, entra
dia, sai dia e ninguém houve um simples comentário negativo sobre o
atual governo. De certo é que até o presente momento o governador
Wilson Martins segue tranquilamente comandando o Estado sem nenhum
incômodo: nem da imprensa e nem da oposição. Se é que ela existe.
Nesse período de
governo, Wilson Martins tem procurado tapar os buracos deixados pelo
antecessor e mantendo as contas do Estado equilibradas. Sobre obras
está em andamento o Rodoanel e em planejamento as famosas
duplicações das vias de acesso à capital. Apesar das constantes
“dores de cabeça”, mediante sintomas provenientes da Agespisa
com suas faltas d’água e os apagões da Eletrobras, o governador
tem se sobressaído sem arranhões.
Podemos enumerar como
um dos fatores positivos do governo, as faltas de denúncias nos
meios de comunicação sobre atos espúrios praticados pelo próprio
ou auxiliares. Apenas para relembrar, na administração anterior a
imprensa divulgou vários escândalos ocorridos em órgãos como o
Detran, Agespisa, Secretaria de Saúde e Engerpi, fatos que não
ocorreram no atual governo. Outro fator preponderante em prol de
Wilson Martins é a relação com os deputados na Assembleia: os que
não o dizem amém se calam.
Mas os questionamentos
são diversos. Seria assim tão necessária uma relação da mais
“absoluta confiança” entre o governo e os parlamentares? Sabemos
que a maioria das execuções das tarefas de governo tem que ter o
aval da Assembleia. E as expectativas da sociedade sobre o
desenvolvimento do Estado ficam onde? Hoje, a balança está
equilibrada, mas somente isso. Porém, o governo precisa saber que
sempre há descrenças de alguns, por isso deve ser feito o que for
necessário e muito mais.
O certo é que entre
“beijos sem tapas”, a relação entre governo e o “outro lado”
poderá durar apenas neste ano de 2013 já que o próximo ano é de
eleição e as coisas sempre tendem a deteriorar quando as pressões
sobre o governo se acentuar devido às alianças a serem construídas.
Portanto, o governo pode ficar tranquilo que neste ano, pelo menos,
ele chegou ao ápice da concórdia.
Jânio Holanda -
Jornalista