Localizado a 595 quilômetros da capital piauiense “Ribeiro”, como é chamado carinhosamente pelos filhos do lugar, apesar de contar com tantas riquezas naturais ainda não deslanchou para pleno desenvolvimento. Como a maioria dos municípios do Estado, Ribeiro tem como fonte principal de arrecadação, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é incipiente para grandes investimentos.
Com a construção da ponte sobre o Rio Parnaíba, ligando à cidade sede aos municípios maranhenses de Loreto, Sambaíba, São Raimundo das Mangabeiras e Balsas, e o asfaltamento da rodovia que liga ao município de Uruçuí, Ribeiro deu um grande salto para o futuro. No entanto, a carência de mais pavimentação asfáltica prejudica o escoamento da produção agrícola. Vale ressaltar, que o município vizinho de Baixa Grande do Ribeiro, que dista apenas 42 quilômetros, assim como Ribeiro, é um grande produtor das culturas dos cerrados, mas não tem sequer um palmo de asfalto. Para se ter uma idéia, na época das chuvas essa pequena distância é percorrida em veículos por quase duas horas. Além disso, a rodovia que vai de Uruçuí rumo a Teresina passando por Bertolínia - única rota da empresa de ônibus que transporta passageiros da capital até Ribeiro – cerca de 240 quilômetros, também fica quase intrafegável na época do inverno.
Agora se fala (esperamos que se torne realidade) que os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vão contemplar uma hidrelétrica para o município de Ribeiro Gonçalves. É louvável, essencial e salutar para o desenvolvimento daquela região. Entretanto, o programa já completou seu primeiro aniversário e com ele o anúncio dessa hidrelétrica, mas, sequer, nem a pedra fundamental da obra fora colocada. Como este ano é de eleição e a Lei Eleitoral não permite a realização de obras durante a campanha, dificilmente a hidrelétrica iniciará. Portanto, lá se vai mais um ano e a obra deverá continuar apenas no papel.
Governantes, ajudem o meu município!
Artigo de autoria do Jornalista Jânio Pinheiro de Holanda