O jornalista Arimatéia Azevedo publicou uma nota em sua coluna no Jornal O Dia e no Portal AZ, intitulada “Chantagem Sindical”, defendendo o Governo do Piauí e contrário a greve dos policias Civis, Penitenciários e Servidores da Justiça e Cidadania. O SINPOLJUSPI rebateu as críticas feitas e enviou ao jornalista um “Direito de Resposta”.
Leia a nota do jornalista e o direito de resposta do sindicato:
Leia a nota do jornalista e o direito de resposta do sindicato:
CHANTAGEM SINDICAL (Arimatéia Azevedo)
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado ameaça realizar uma greve antes do carnaval. O que poderia ser meramente uma queda de braço entre o governo e a entidade está descambando para a chantagem. O sindicato quer paralisar as atividades num período em que a atividade policial é ainda mais necessária, como forma inaceitável de pressão. Mesmo que sejam justas as reivindicações da categoria, elas não parecem nada sensatas diante de questões de matemática financeira. Não existem condições de desembolso para as elevadas demandas dos policiais. Se o governo atendê-los não apenas vai estar pondo em risco o tênue equilíbrio financeiro do Tesouro, como abrirá precedentes para que todo o funcionalismo público solicite isonomia nos percentuais de ganhos salariais. Seria a quebra do Estado. Como não se percebe entre os sindicalistas nenhum beócio completo – a despeito de grassar a ignorância entre muitos deles – é razoável supor que estes senhores saibam de certos óbices que o Estado tem para o atendimento de pedidos que estão além das possibilidades orçamentárias e da legislação específica sobre custeio de pessoal, a conhecida e necessária Lei de Responsabilidade Fiscal. Diante disso, somente se pode depreender que a greve antes do carnaval é, sim, uma forma de chantagem. Esse movimento contraria frontalmente o interesse público e certamente só tem maior força porque não estão em jogo apenas os interesses de uma corporação funcional, mas coisas bem menores e de nenhum interesse para os contribuintes, como a carreira política dos dirigentes sindicais.
SINPOLJUSPI – DIREITO DE RESPOSTA
Com base do Artigo 5º inciso V da Constituição Federal, solicitamos ao jornalista Arimatéia Azevedo o devido espaço para o direito de resposta à publicação de sua autoria denominada ‘Chantagem Sindical’ no Jornal O Dia com data de 19 de janeiro de 2008 e na coluna do citado jornalista no Portal AZ.
Direito de Resposta
Ordem judicial não cumprida e acordo no Tribunal Regional do Trabalho – TRT ignorado pelo Governo do Estado. O Sindicato dos Policiais Civis, Penitenciários e Servidores da Justiça e Cidadania do Estado do Piauí – Sinpoljuspi trabalha em defesa dos direitos dos servidores da segurança e justiça filiados. A entidade fez sua parte, mas, em nenhum momento o Governo do Estado buscou resolver a questão. A possibilidade de retomada da greve antes do carnaval é apenas uma conseqüência da falta de palavra do Governo do Estado, pois está na Ata do TRT assinada pelo presidente desembargador Arnaldo Bóson Paes que se o Governo não atendesse às reivindicações da categoria a greve que foi suspensa por 70 dias para que o Governo cumprisse o acordo firmado com o Sinpoljuspi via Tribunal, poderia ser retomada. O Sinpoljuspi considera justo lutar pelos direitos dos trabalhadores e a diretoria da entidade sempre se pautou na defesa dos filiados, quer seja em ano de eleição ou não. O discurso do jornalista é o mesmo de quem é pago pelo Estado para dizer esse tipo de coisa como é o caso da secretária de administração Regina Sousa quando diz que não existem condições de desembolso para as elevadas demandas dos policiais. O argumento utilizado não tem sustentação. Está no Artigo 144 parágrafo 9º da Constituição a garantia de subsídio aos policiais civis, escrivães, peritos e no Piauí o aumento de 63% só foi concedido aos delegados, que, se o jornalista não sabe delegado também é policial civil, portanto, essa é uma reivindicação válida.