9 de março de 2009

Quem será o governador?


Artigo de autoria do Jornalista Jânio Pinheiro de Holanda

Desconfiado, vejo as candidaturas já lançadas pelos respectivos partidos como uma velha tática ultimamente utilizada antes das convenções que homologam os reais candidatos. Hoje, o que mais vemos e ouvimos dos políticos são falácias sobre prováveis partidos aliados que sequer foram contatados. Mas, depois que inventaram a tal história do Plano “B”, ninguém sabe mais qual a verdadeira intenção dos possíveis candidatos.

Nas rodas, os analistas políticos. Por sinal, de todos os naipes, sempre têm a mesma opinião sobre os candidatos (destes já lançados) que deseja ser aliado do governo, para os três cargos mais visados: governador, senador (duas vagas) e vice-governador. Querem a resposta? Todos!

É mesmo. Nenhum dos candidatos (a exceção de Wilson Martins, se estiver com a caneta na mão) tem a coragem de contrariar, ou melhor, ser contrário ao governador Wellington Dias, que conta com o respaldo popular de todas as matizes partidárias, com exceção do PSDB que é o único partido de oposição no momento atual.

Dos pré-candidatos: Wilson Martins (PSB), Antônio Neto (PT), Marcelo Castro (PMDB) e João Vicente Claudino (PTB), somente este último tende levar a candidatura à frente pela bandeira da oposição. Isto se contar com o apoio do PSDB, que é seu aliado na administração da prefeitura da capital. Os demais, vão terminar sendo incluídos no Plano “B”: isto, aqueles que perderem a vez para a cabeça de chapa de governador ficarão satisfeitos com a indicação para vice e senado, respectivamente.

Porém, o que mais deixa os pretensos candidatos preocupados, é a tranqüilidade do governador Wellington Dias em manter o seu “apoio” a todos eles. Mesmo declarando o candidato Antônio Neto, como o candidato oficial do Partido dos Trabalhadores em recente entrevista, todos os dias os jornais trazem em suas manchetes que o Wellington Dias é simpático à candidatura de João Vicente, de Marcelo Castro, e de Wilson Martins. Por isso é que todos sonham com o apoio do governador.

Portanto, o meio campo para 2010 ainda está indefinido. Qualquer palpite feito agora é mera suposição. Daqui até as convenções que são sempre realizadas no mês de junho do ano da eleição, muitas águas ainda vão passar por baixo da ponte. E quem sabe se essa correnteza não vai estar arrastando o futuro governador do Piauí, de nome diferente de todos os candidatos até então lançados?