9 de agosto de 2009

Sucessão confusa

Artigo de autoria do Jornalista Jânio Pinheiro de Holanda

"A base aliada do governo vai tratar da candidatura própria independente da oposição, seja qual for o candidato. O assunto candidato vai ser tratado no tempo certo. O momento agora é dos partidos tratarem de viabilizar candidaturas". Com estas palavras, proferidas durante uma viisita a uma fábrica de calçados, recentemente, em Teresina o governador Wellington Dias reitera que ainda não está definida nenhum nome de candidato da base aliada a sua sucessão em 2010.

Primeiro, motivado sob pressão do próprio partido lançou a pré-candidatura do secretário de fazenda, Antônio Neto. No início o alvoroço foi tremendo e os petistas de primeira linha – aqueles que encabeçam a sigla desde a sua fundação no Piauí – eram só alegria. De lá para cá, o tempo foi passando, os outros partidos também lançaram seus pré-candidatos, os institutos de pesquisas caíram no campo e os resultados sucessivos não convincentes ao candidato do PT foram diminuindo e hoje os mesmos já não propagam tanto o nome do pretenso candidato Antônio Neto.

Havemos de convir, entretanto, que um dos motivos para isso foi também às pré-candidaturas postas de diversos políticos da base do governo. Sabiamente, como um político mineiro, o governador Wellington Dias que está com um pé dentro do senado da república, segundo as pesquisas de intenção de voto, tem evitado citar nomes de sua preferência. Para ele, o debate só ocorrerá em 2010. Repito, espertamente, o governador vai adiando e protelando o assunto o quanto puder, e quando chegar a no ano da eleição provavelmente já estará fora do cargo e qualquer definição do candidato talvez parta do vice-governador Wilson Martins, que vai está no comando do poder.

Sendo assim, a imagem de Wellington Dias não sofrerá sequer um arranhão e sairá de bem com todos que manteve no governo durante o período que governou o Piauí. De certo é que todos – os pré-candidatos da base aliado sonham com a indicação do mestre. Destes, apenas o vice-governador Wilson Martins, na hipótese de vir a suceder o governador correrá em faixa própria. Até porquê a magnitude do cargo lhe dar respaldo para isso. Ademais, o senador João Vicente Claudino, além de pertencer os quadros dos partidos da base, ainda tem o apoio da oposição comandada pelo prefeito da capital, Sílvio Mendes, talvez sairá candidato de qualquer maneira.

Mas, com isso, o deputado Marcelo Castro e o próprio Antônio Neto deixam as suas pare-candidaturas vivas, no sentido de almejarem as vagas de vice-governador e senador. Portanto, o quadro que se desenha ainda é bastante confuso. Enquanto não surgir um fato diferente, a sucessão de Wellington Dias continuará indefinida. Pelo menos, por todo este ano. Enquanto isso os analistas de plantão vão fazendo seus esboços diários das prováveis chapas da base aliada do governo para as eleições vindouras.