Motivada pelo sentimento de viver experiências junto com pessoas em situação de exclusão social, a Cáritas Brasileira Regional do Piauí irá realizar a Vivência Missionária no período de 24 a 26 de setembro na Diocese de Parnaíba. O objetivo é levar a equipe da entidade a conhecer e se inserir em atividades de Economia Popular Solidária em Buriti dos Lopes; Emergências em Esperantina; Advocacia Popular, Programa Infância Adolescência e Juventude e Mutirão de Construção em Parnaíba.
Segundo Hortência Mendes, coordenadora pedagógica da Cáritas, esse momento de vivência será intenso porque as pessoas irão ficar hospedadas nas casas das famílias, fazendo todas as refeições e pernoite, só retornando a Parnaíba no dia 26 para o momento de troca de experiência, avaliação e celebração final.
A coordenadora diz que esse evento faz parte da dinâmica de Mística e Espiritualidade da Cáritas e todo ano é realizado em forma de retiros espirituais e missões para todas as pessoas que compõe as equipes de trabalho em todo o Piauí. “Já foram realizados dois retiros espirituais, uma Missão em Itainópolis. A vivência missionária é baseada na Bíblia, no Documento de Aparecida e nos Cadernos Cáritas que dizem que não basta fazer servir às pessoas pobres, é necessário que todos testem, se insiram, sintam, venham para o meio e vivencie as atividades”
Documento de Aparecida
Diante da mudança do mundo - do subjetivismo, do individualismo, do relativismo, o Documento de Aparecida apresenta alguns dos grandes desafios para a evangelização, como: levar as pessoas à adesão a Cristo, saber como vivem estes desafios e como estão os destinatários deste anúncio.
De acordo com o documento, com a presença da Sociedade Civil assumindo uma postura mais protagonista, a democracia participativa está sendo fortalecida e estão sendo criados maiores espaços de participação política. A sociedade tem tomado consciência do poder que tem nas mãos e da possibilidade de gerar mudanças importantes para a conquista de Políticas Públicas mais justas, que revertam sua situação de exclusão.
“E a oportunidade de buscar respostas para muitas perguntas só é dada quando sentimos, vivenciamos a realidade dessas pessoas. Segundo o Documento de Aparecida n° 135 a resposta exige entrar na dinâmica do Bom Samaritano, que nos dá o imperativo de nos fazer próximos, especialmente com quem sofre e gerar uma sociedade sem pessoas excluídas, seguindo a prática de Jesus”, finalizou Hortência.
A versão final do Documento foi apresentada na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe que aconteceu na cidade de Aparecida-SP em 2007. O Documento de Aparecida foi aprovado pelo Papa Bento XVI no dia 29 de junho de 2007.