Formado em Medicina, o senador Mão Santa (PMDB-PI) prestou homenagem aos colegas de profissão no discurso feito em Plenário nessa sexta-feira (16). O motivo é a celebração, no dia 18, do Dia do Médico. Depois de registrar que, na política, teve a oportunidade de exercer os cargos de prefeito e de governador de seu estado, em duas oportunidades, até chegar ao Senado, ele declarou seu orgulho pelo exercício anterior das funções de médico-cirurgião.
- Deus e o povo me proporcionaram um bocado de coisa até eu chegar aqui no Senado e poder estar entre os pais da Pátria; mas abdicaria de todos os títulos que tive ao longo da minha vida, menos de ter sido um médico, um bom médico - disse.
Antes, Mão Santa lembrou a história de Jesus, enfatizando a beleza de seus discursos. Mas ponderou que "fé sem obra já nasce morta", para destacar em seguida as ações práticas de Cristo, inclusive seu papel na cura e assistência aos doentes. Segundo ele, ao exercer esse papel, Jesus tornou-se uma figura mais "grandiosa".
- Cristo encantou a todos quando foi médico, quando usou sua força para a cura. Fez o mudo falar, o surdo ouvir, limpou os corpos dos leprosos e, com maior força ainda, fez o renascer - registrou.
Mão Santa lembrou o conceito de saúde estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para justificar porque tantos médicos entram na vida política - o maior exemplo de todos, como afirmou, é o do ex-presidente Juscelino Kubitscheck. O princípio adotado pela entidade é de que saúde não é apenas a ausência de doença, mas o completo bem estar físico, mental e social.
- É na política que podemos fazer o bem estar social, combater o pauperismo, a miséria e a fome - justificou. Depois de afirmar que a profissão é a única que tem como juramento um código de ética, ele observou que isso também contribui para que o médico seja preparado para a política. Em seguida, afirmou que é exatamente de ética que a sociedade e a democracia brasileira mais precisam. Como exemplo de desvio ético, Mão Santa apontou os altos salários do Judiciário, enquanto os próprios médicos e os professores, entre outras categorias consideradas nobres, ganham muito mal.
- Tem que dar um freio aí nesse pessoal da área da Justiça. Eles não estão buscando a Justiça, mas legislando em causa própria.
Mão Santa destacou ainda médicos que atuam na política, muitos de seu estado e atuais candidatos nas próximas eleições, além dos cinco membros do Senado titulados nessa profissão. Observou, ainda, que existem centenas de prefeitos médicos, o seria uma demonstração de que o povo respeita e acredita na classe.