Poetisa Jeane Keide venceu, mas não foi eleita para a Academia Parnaibana de Letras

Essa cadeira do ex-governador Chagas Rodrigues já foi disputada pelos escritores, José Nelson de Carvalho Pires e Diego Mendes e ninguém conseguiu a maioria absoluta

Com um total de 15 votos, a poetisa Jeane Keide Melo dos Santos, contra 12 obtidos pelo escritor e padre Francisco Assis Soares, venceu a eleição na Academia Parnaibana de Letras, APAL, realizada na tarde do último dia 21, para a cadeira N° 08, que tem como patrono Antônio Otávio de Melo e foi ocupada por Francisco das Chagas Caldas Rodrigues. A poetisa não foi considerada eleita porque o regimento interno daquela entidade prever que será considerado eleito, o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos dos membros efetivos existentes na época da eleição, ou seja, 50% mais um voto, no caso, sendo 33 o número de acadêmicos, ela teria que ter conseguido 17 votos. A eleição foi realizada na sede da APAL, localizada na Rua Alcenor Candeira no centro de Parnaíba por uma comissão eleitoral designada pelo presidente Antonio de Pádua Ribeiro dos Santos, constituída pelos acadêmicos, Alcenor Rodrigues Candeira Filho, Fernando Basto Ferraz e José Luiz de Carvalho.

Neste caso, uma nova eleição será realizada no prazo de 30 dias, com apenas estes dois participantes. Permanecendo ainda a exigência regimental de que o candidato vencedor será aquele que obtiver a maioria absoluta. Caso não seja atingida por nenhum dos concorrentes, haverá a abertura de um novo processo eletivo, sendo que outras pessoas poderão também concorrer.

Essa cadeira do ex-governador Chagas Rodrigues já foi disputada pelos escritores, José Nelson de Carvalho Pires e Diego Mendes e ninguém conseguiu a maioria absoluta. O escritor Alcenor Candeira Filho, disse que essa é a última eleição realizada neste modelo, pois o regimento interno da APAL prever que antes que uma pessoa possa concorrer uma vaga na academia, deve passar por uma comissão acadêmica que deverá fazer uma análise das obras do interessado para avaliação do conteúdo literário e que somente após a aprovação, poderá entrar no processo eletivo, sempre com a preocupação de será eleito aquele candidato que conseguir a maioria absoluta.

Por Patrícia Carvalho