9 de fevereiro de 2010

Salvemos a árvore penteada

Tamarindo é uma fruta sagrada, conhecida apenas por poucos pajés e pessoas, capazes de sobreviver à fadiga de uma travessia no deserto. O tamarindo originou-se nos sertões do México, na região próxima à fronteira com os Estados Unidos. Aqueles que conseguem encontrar um pé de tamarindo serão capazes de atravessar a fronteira, devido ao poder de sua fruta. Muitos imigrantes ilegais tentam encontrar o tamarindo antes de entrar nos EUA, mas poucos conseguem, por ser uma árvore quase lendária, capaz de se misturar à flora local e desaparecer no deserto, aparecendo apenas para quem for digno de chegar ao outro lado da divisa. A mítica árvore de tamarindo é tão grande quanto um pinheiro, atraindo os aventureiros por sua beleza, sobretudo pela sua silhueta extremamente peculiar; de longe, a copa do tamarindeiro lembra o mágico chapéu sombrero, artefato usado apenas por mexicanos sobrenaturais. No Sudeste Asiático e na índia, era atribuída ao tamarindeiro a fama de ser morada de influências maléficas, sendo seu perfume, sua sombra e objetos perigosos produzidos de seu tronco considerados perigosos. Segundo a tradição, as armas que possuíssem bainha feita de sua madeira teriam poderes para dominar o mais temível inimigo, até mesmo os considerados invulneráveis. Na Europa, era conhecido desde a Idade Média, tendo sido introduzido, possivelmente, por meio dos Árabes. Estes a denominavam Tamr al-Hindi,, cujo significado é “tâmara da Índia’’, em referência à polpa de seu fruto, que julgavam semelhante à da tâmara. No Brasil, difundido e cultivado há séculos, o tamarindeiro é uma árvore que, devido a grande beleza e produção de sombra, é muito apreciada como ornamental e para urbanização, nas cidades e estradas, apesar de apresentar um crescimento lento. Seu tronco fornece madeira de boa qualidade para construção civil, embora difícil de trabalhar pela sua dureza a serras e pregos. O fruto, de sabor refrescante, ácido, adstringente e, ao mesmo tempo um pouco doce, é bastante conhecido e muito utilizado para fabricação de balas, refrescos, licores e sorvetes. Na indústria farmacêutica, o tamarindo encontra utilização em preparados laxativos e em aromatizantes. Na medicina popular também é amplamente empregado como laxante, inclusive para tratar crianças, já que seu consumo raramente oferece riscos. Seu sistema radicular e constituído das raízes, que são órgãos especializados em fixação, absorção, reserva e condução. A extensão do sistema radicular depende de vários fatores, mas a grande massa de raízes de nutrição se encontra nos metros mais próximos à superfície do solo. Ora, esta espécie da nossa flora exótica, é a causa dos nossos questionamentos em relação à ÁRVORE PENTEADA, ponto turístico de grande visitação no litoral piauiense. A ÁRVORE PENTEADA, nada mais é do que um Tamarindeiro, que pelas características a cima mencionadas, adaptou-se a nosso litoral e produziu aquela beleza que é a ÁRVORE PENTEADA. No Governo irresponsável do WD foi feita uma praça circular para dar destaque ao MONUMENTO DA NATUREZA, que quebrou de início toda beleza da paisagem, e afugentou qualquer misticismo que o Tamarindeiro (Tamarineira para os nativos), pudesse despertar em qualquer um. Foi mais além: Iniciou o ASSASINATO da ÁRVORE PENTEADA, pois colocou cobrindo todo seu sistema radicular uma textura subsolar a qual conhecemos como AREIRA AMARELA, que sua cor avermelhada já indica conter grande quantidade de óxido de ferro, e mais ainda, espalhou pedra britada, além de arrancar as pindobas ,(Isto é crime ambiental) já que são árvores protegidas por legislação, e jamais poderiam ser tocadas. Ocasionando com isso a solidificação da área radicular, que agora tende, devido ao lixiviamento, e a não transpiração, para o aniquilamento das raízes semi-superficiais, que são responsáveis principalmente pela coleta de nutrientes e processamento e transporte substancias que durante a fotossíntese se transformam em alimentos, e evacuam os resíduos pela troca gasosa que realizam com o meio ambiente, através da transpiração radicular. E agora, com seu sistema alimentar seriamente comprometido a ÁRVORE PENTEADA, começa a dar sinais de necrose e já se percebe acentuadamente a falta de copa, que anteriormente era bastante acentuada. PERGUNTAMOS: Onde estão, IBAMA, PREFEITURA MUNICIPAL DE LUIS CORREIA, GOVERNO DO ESTADO, até por ser o principal criminoso através da Secretaria de Turismo e Secretaria de Meio Ambiente? Portanto, fica aqui o apelo: SALVEMOS A ÁRVORE PENTEADA, PARA QUE AS PRÓXIMAS GERAÇÕES CONHEÇAM E DESFRUTEM AO VIVO, E NÃO POR FOTOGRAFIAS. A realidade nos mostra que os esforços realizados até o momento, por alguns setores da sociedade para a preservação ambiental, não atingem resultados satisfatórios. Isso pode ser atribuído ao complexo mundo dos ecossistemas que, além de ser o suporte da humanidade, é o grande meio da vida silvestre. O desconhecimento e as próprias dificuldades que se possui de entender os emaranhados ambientes dos ecossistemas levam o homem ao uso irracional deste meio ecológico. Por outro lado, a falta de um gerenciamento racional da natureza não estimula a autêntica conservação do ambiente. Desta maneira a paisagem natural passa a ser agredida de modo inconseqüente, na busca de retornos imediatos, sem a preocupação com as conseqüências futuras. Em face de grande desconsideração com os aspectos ecológicos, é importante uma tomada de consciência e um alerta geral no que se refere à sobrevivência da humanidade sobre a terra. A ciência necessita ser trabalhada para que os pesquisadores envolvam-se com o que se chama de Ecologia Social, descobrindo e definindo princípios que resultem no equilíbrio lógico e que permitam a sobrevivência harmônica dos seres na superfície terrestre. Assim sendo, tem-se que trabalhar no sentido de levar informações sobre o ambiente a todas as camadas sociais, na expectativa de que cada indivíduo seja atingido por uma consciência ecológica possível de reverter o processo de degradação assustadora que continua nos assolando. Ao cientista cabe a função de pesquisar, reunir e integrar informações pertinentes ao ambiente para que instituições públicas e privadas utilizem estes conhecimentos em prol da preservação. É necessário que os pesquisadores gerem e difundam o conhecimento para que outros possam aprimorar e aplicar em suas tecnologias na busca de resultados satisfatórios, eficientes e adequados a cada realidade. Isto é, para que possam produzir sem degradar o ambiente, evitando o descompasso entre o progresso científico e tecnológico de um lado, e o progresso moral e educacional do outro. É importante lembrar mais uma vez que da preservação dos ecossistemas depende a vida sobre a terra. Por isso é fundamental que cada cidadão assuma o compromisso de cuidar do ambiente que lhe pertence, pois através do somatório de todos estes cuidados estaremos garantindo a sobrevivência das gerações futuras.

Por Teófilo Maia – Carnaubinha-PI
www.litoraldopiaui.blogspot.com