O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan) e a Prefeitura de Parnaíba reuniram engenheiros e arquitetos de Parnaíba na noite desta quarta-feira(26), no auditório da Sedesc, para passar informações relativas ao tombamento federal do sítio histórico do município. A reunião foi coordenada pela superintendente do Iphan no Piauí, arquiteta Diva Figueiredo, que transmitiu a informação de que órgão já está trabalhando na classificação de todas as quadras existentes dentro da área tombada com análise detalhada das características de suas edificações. Este levantamento servirá de critério básico para os arquitetos e engenheiros planejarem e executarem as intervenções em imóveis históricos ou no caso de novas edificações na faixa tombada.
Após a exposição feita pela superintendente do Iphan, os profissionais fizeram diversos questionamentos e sugeriram um trabalho maior do órgão federal e da Prefeitura de Parnaíba, no sentido de conscientizar os donos de imóveis tombados a respeito das restrições legais existentes a partir de agora e, também, dos benefícios que o tombamento traz para o conceito de Parnaíba como cidade histórica. Houve o comprometimento do município e do Iphan no sentido de ampliar cada vez mais os contatos com os setores envolvidos e com a divulgação dos aspectos legais que interessam aos proprietários e ocupantes de imóveis da área protegida e do seu entorno.
Atendendo questionamento dos arquitetos, os técnicos do Iphan que acompanhavam a presidente do Iphan explicaram que o órgão não tem interesse no embargo de obras, desde que elas não agridam o estilo de época da edificação e da visão geral da quadra. “Em alguns casos, o embargo se dá por falta de informações complementares ao projeto, até mesmo relacionadas à história do imóvel e seu entorno, mas, quando todas as dúvidas são sanadas o projeto é autorizado”, disseram.
O secretário Municipal de Serviços Urbanos, engenheiro Antônio de Pádua Melo, disse que o encontro foi muito proveitoso por disseminar informações técnicas do interesse dos arquitetos e engenheiros. Outra vantagem, segundo ele, é que esses profissionais poderão atuar como formadores de opinião junto aos proprietários de imóveis. Ele reforçou as declarações da presidente do Iphan, Diva Figueiredo, de que a intenção é valorizar cada vez mais o centro histórico de Parnaiba, a partir da conservação de suas características e estilos, a exemplo do que acontece em muitas cidades do Brasil e do mundo.
Por Francisco Carvalho
Fotos: Wanderley Portela