15 de dezembro de 2010

Santuário de Santa Luzia: Público ou particular?


O santuário de Santa Luzia construído em 2004, no alto do Morro do Alave na entrada de Luzilândia, sentido de quem vem de Teresina, foi inaugurado para ser um local de atração turística, visitações e orações, mas hoje está abandonado, pois não tem recebido os devidos zelos das autoridades e nem da população. 

O santuário com a imagem da santa Luzia com cerca de seis metros de altura foi construído na administração do ex-prefeito José Marques. A idéia inicial era que o local fosse ponto de visitação de turistas, já que de lá dar para se ter uma bela visão do Por do sol, da lagoa dos anjinhos e da cidade, mas abandonado, mesmo com os atrativos naturais, o acumulo de lixo, a quantidade de mato e o consumo de droga inibe a visitação ao local.


A obra chegou a receber recursos do governo do Estado para que fossem feita melhorias, infelizmente essas melhorias não são vistas hoje e a falta de compromisso com a cidade faz com que o local que poderia ter potencializado seu atrativo, esteja abandonado.

Uma ação simples melhoria o estado do local, uma capina, luzes e a disponibilidade de lixeiros evitariam o acumulo de resíduos e mato e inibiriam o seu uso indevido para o consumo de drogas ou práticas sexuais. Mas infelizmente na democracia brasileiro gestão atual não se responsabiliza com obras de gestões outrora, principalmente se essa tiver sido construído em terreno particular, mesmo que teoricamente tenha sido doada para o Estado.  


Assim o santuário fica abandonado, nem um lado, nem o outro se responsabilizam por sua manutenção. Há quem diga que mesmo tendo sido construído com recursos públicos a obra na verdade continua sendo particular, por isso, a falta de compromisso com um bem que é do povo e não deveria ser tida como de um grupo político. 

Há alguns anos outro monumento à Santa Luzia foi construído pela atual gestão no complexo da praça da Matriz, dando boas vindas a quem vem à cidade pelo Maranhão. Esperemos que se futuramente, caso a situação atual não esteja no poder, essa também não seja abandonada por se tratar de uma obra de gestões anteriores.


De qualquer forma, um apelo também precisa ser feito à população, que respeite o local e cumpram seu papel de cidadão, já que as autoridades responsáveis não se manifestam. Como dizia o educador Moacir Gadotti “Uma cidade pode ser considerada como uma cidade que educa, quando, além de suas funções tradicionais – econômica, social, política e de prestação de serviços – ela exerce uma nova função cujo objetivo é a formação para e pela cidadania. Porem, antes nossos políticos precisam também se educar, o dinheiro público, como o nome já diz é do povo e qualquer obra feito com ele é da população, o que não pode é interesses políticos serem colocados acima de tudo e todos.

Por Paula Andréas