Jânio Holanda |
Mais um novo quadro está sendo desenhado para a formação de chapas para as eleições municipais vindouras em Teresina. E olhem que os prováveis pré-candidatos a prefeito (de acordo com as rodas políticas e a imprensa) são nomes que já figuraram na lista de concorrentes nas eleições passadas ao Palácio da Cidade. Perguntamos: Será que alguns já disponibilizam os nomes apenas para garantir vagas para os cargos da futura administração da PMT? E o eleitor, concorda? Ou apenas endossa os que os candidatos querem?
Hoje os partidos políticos constituem-se em aglomerados de pessoas que buscam única e exclusivamente o poder para que possam desfrutar de benesses advindas disso. Será que os partidos são isso mesmo? Os partidos políticos no Brasil correspondem ao que deveriam ser?
Nos EUA, os partidos políticos além de legendas representativas, têm tradição. No Brasil, muitos políticos utilizam ou barganham legendas para coligações (horário político) e para os cargos eletivos, muitas vezes sem o compromisso histórico-partidário. Concordo que as coisas devem mudar... Os partidos deveriam desempenhar o seu papel de defesa social, atendendo acima de tudo as demandas da sociedade, afinal, eles nos representam em Brasília, nos estados e municípios.
E bendita reforma eleitoral em tramitação no Congresso sai ou não sai? Valerá já para este pleito, ou não? O 2º turno ainda prevalecerá? Sabemos que no Piauí os candidatos derrotados nunca entenderam a concepção do segundo turno, o que causa a corrida urgente para se aliar com o candidato que possui mais intenção de voto nas pesquisas eleitorais. Os políticos do estado não têm tradição de encarar uma disputa para, apenas no segundo turno, definirem um dos dois melhores candidatos avaliados pelo povo.
O atual prefeito Elmano Férrer (PTB) e pré-candidato em 2012, é um dos poucos que fala, seguramente, em viabilizar seu nome para encabeçar uma chapa majoritária nas eleições municipais. Para isso, ele não “trabalha em cima de hipóteses” que, por acaso, lhe distancie do maior cabo eleitoral de Teresina: o PT, com o apoio de Wellington Dias.
Já os demais para defender suas candidaturas apenas dizem que estão capacitados para o exercício de qualquer cargo público. Que o trabalho que realizam os credencia a serem escolhidos para representar o partido na indicação da candidatura prefeito.
De certo é que as alianças a serem construídas para as eleições municipais dependem de muita coisa. Alguns acreditam que o senador Wellington Dias será candidato. Já outros têm a convicção que o governador não será candidato porque almeja voltar ao comando do Estado e também saiu de uma eleição recente, o que poderia “queima-lo” dependendo do resultado das urnas.
Portanto, vejamos que nenhum dos principais prováveis candidatos: Marlon Sampaio (PMDB) Robert Rios (PCdoB), Elmano Férrer (PTB), Firmino Pires (PSDB), Hugo Napoleão (PSD) e o próprio Wellington Dias (PT) nenhum deles veio a público dizer que não irá concorrer. Esperemos que eles como homens, elementos de transformação social, exercitem sua cidadania, nas suas respectivas agremiações políticas com a devida atenção que o povo merece. Reflita o eleitor na escolha do melhor.
Jânio Holanda – Jornalista