O Cine debate deste mês apresenta:
"Macunaíma"
30/07/13 (terça-feira)
19h – Teatro Saraiva
Av. Nossa Senhora de Fátima, de frente
ao antigo restaurante Varanda.
Resumo da obra de Mario de Andrade
Com uma narrativa de caráter mítico,
em que os acontecimentos não seguem as convenções realistas, a
obra procura fazer um retrato do povo brasileiro, por meio do “herói
sem caráter”.
Resumo
Macunaíma nasce à margem do
Uraricoera na Floresta Amazônica e já manifesta uma de suas
características mais fortes: a preguiça. Desde pequeno ele busca
prazeres amorosos com a mulher de seu irmão Jiguê. Em uma de suas
“brincadeiras” amorosas, Macunaíma se transforma em um príncipe
lindo.
Por suas traquinagens, Macunaíma é abandonado pela
mãe. No meio do mato, encontra o Curupira, que arma uma cilada para
o herói, da qual acaba escapando por preguiça de seguir o falso
conselho do Curupira. Depois de contar à cotia como enganou o
monstro, ela joga calda de aipim envenenada em Macunaíma, fazendo
seu corpo crescer, com exceção da cabeça, que ele consegue desviar
do caldo.
Com a ajuda dos irmãos, Macunaíma consegue fazer
sexo com Ci, a Mãe do Mato, que engravida e perde o filho. Após a
morte do filho, Ci sob ao céu e se transforma em uma estrela. Antes
disso, ela dá a Macunaíma a famosa muiraquitã, um tipo de talismã
ou amuleto.
Triste, Macunaíma segue seu caminho após se
despedir das Icamiabas (tribo das índias sem marido). Encontra o
monstro Capei e luta contra ele. Nessa batalha, perde o muiraquitã e
fica sabendo que uma tartaruga apanhada por um mariscador havia
encontrado o talismã, e esse o tinha vendido a Venceslau Pietro
Pietra, rico fazendeiro, residente em São Paulo.
O herói,
acompanhado dos irmãos, vai para São Paulo, com o objetivo de
recuperar a pedra. Na cidade, descobre que Venceslau Pietro Pietra é
o gigante Piaimã, devorador de gente que era amigo da Ceiuci, também
apreciadora de carne humana.
Macunaíma disfarça-se de
francesa para seduzir o gigante Piaimã e recuperar a muiraquitã. O
gigante propõe dar a pedra ao herói disfarçado se esse aceitasse
dormir com ele. Macunaíma, então, foge numa correria por todo o
Brasil.
Macunaíma vai para um terreiro de macumba no Rio de
Janeiro e pede à macumbeira que dê uma sova cruel no
gigante.
Ainda no Rio, o herói encontra Vei, a deusa-sol. O
herói promete a Vei que iria casar-se com uma de suas filhas. Na
mesma noite, no entanto, Macunaíma “brinca” (ou seja, faz sexo)
com uma portuguesa, enfurecendo a deusa. Ela manda um monstro
pavoroso atrás do herói, que foge deixando a portuguesa com o
monstro.
No retorno a São Paulo, Macunaíma escreve a famosa
“Carta pras Icamiabas”, na qual descreve, em estilo afetadíssimo,
a agitação e as mazelas da vida paulistana.
Com Venceslau
Pietro Pietra adoentado por conta da surra que levou de Exu,
Macunaíma fica impossibilitado de recuperar a pedra. Assim, ele
gasta seu tempo aprendendo as difíceis línguas da terra: “o
brasileiro falado e o português escrito”.
Depois de arrumar
uma saborosa confusão na cidade, o herói vai visitar o gigante, que
ainda se recuperava. Resolve fazer uma pescaria no Tietê, onde
também costumava pescar Ceiuci. Além de brincar com a filha da
caapora, Macunaíma foge de Ceiuci em um cavalo que percorre de forma
surrealista a América Latina: em algumas linhas, faz o incrível
trajeto de Manaus à Argentina.
Disfarçando-se de pianista,
Macunaíma tenta obter uma bolsa de estudo para seguir no encalço de
Venceslau Pietro Pietra, que fora para a Europa. Não conseguindo
ludibriar o governo, decide viajar pelo Brasil com os irmãos. Numa
das andanças, com fome, o herói encontra um macaco comendo
coquinhos. O macaco diz cinicamente que estava comendo os próprios
testículos. Macunaíma, ingenuamente, pega então um paralelepípedo
e bate com toda a força nos seus, ditos, coquinhos. O herói morre e
é ressuscitado pelo irmão Manaape, que lhe restitui os testículos
com dois cocos-da-baía.
Jiguê se enamora de uma moça
piolhenta, que brinca toda hora com Macunaíma. Quando descobre a
traição, Jiguê dá uma sova no herói e uma porretada na amante,
que vai para o céu com seus piolhos, transformada em estrela que
pula.
Macunaíma mata o gigante Piaimã, jogando-o num buraco
com água fervendo, onde Ceiuci preparava uma imensa macarronada.
Depois de matar Venceslau Pietro Pietra, o herói consegue recuperar
a muiraquitã.
Macunaíma e os irmãos resolvem voltar para o
Uraricoera, levando consigo alguns pertences e uma dose de saudade de
São Paulo. Na volta, o herói tem vários casos amorosos.
Perseguidos pelo Minhocão Oibê, Macunaíma o transforma num
cachorro-do-mato e segue viagem.
Chegando ao Uraricoera, o
herói se entristece ao ver a maloca da tribo destruída. Uma sombra
leprosa devora os irmãos, e Macunaíma fica só. Todas as aves o
abandonam, apenas um papagaio, a quem conta toda a sua história,
permanece com ele.
Vei, a Sol, vinga a desfeita que Macunaíma
havia feito a uma de suas filhas e cria uma armadilha para o herói,
que, ao ver a uiara em uma lagoa, se deixa seduzir e acaba sendo
mutilado pelo monstro. Macunaíma consegue recuperar suas partes
mutiladas, abrindo a barriga do bicho, mas não encontra sua perna
nem a muiraquitã. O herói vai para o céu, transformado na
constelação da Ursa Maior.
Por fim, no epílogo o narrador
conta que ficou conhecendo essa história através do papagaio ao
qual Macunaíma havia relatado suas aventuras.
Traga seus amigos e familiares.
Entrada franca!
Proibido para menores de 12 anos
Apoio: Comissão Arte e Cultura de
Parnaíba e imprensa parnaibana
Ascom