Prédio deteriorado, um efetivo pequeno
de policiais e estes vivem financeiramente desmotivados e sem
estrutura para trabalharem. Essa é a realidade da Polícia Civil de
Campo Maior, e no restante do Estado não é diferente, conforme as
inúmeras denuncias que são veiculadas nos meios de comunicação.
Mas além de tudo isso, o Governador
Wilson Martins (PSB) insisti em não convocar os 360 novos policiais
que foram aprovados no concurso de 2012. Até o momento, somente 80
fizeram o curso de formação, sendo que está assegurado quase R$
900 mil reais para no orçamento para o referido curso dos aprovados.
O concurso realizado em 2012 foi para
os cargos de escrivão, agente, e perito médico e só foram
aprovadas 04 vagas para a região de Campo Maior, que abrange Castelo
do Piauí e outras cidades próximas. Uma quantidade de vaga
simbólica. Não dá nem mesmo um agente por delegacia. Mesmo assim
ainda não foi nomeado nenhum.
Uma nova turma para formação desses
aprovados deveria iniciar agora no mês de agosto, mas informações
extra-oficiais dão conta de que será suspenso, sem nenhuma
justificativa. Nem mesmo aqueles que já passaram pelo curso foram
nomeados.
A Polícia Civil de Campo Maior, bem
como do Piauí todo, estão com a estrutura física de suas
delegacias, literalmente, caindo aos pedaços. Quando chove, os
inquéritos, computadores e documentos que servem de provas são
molhados devido goteiras no teto. Além disso, os agentes sofrem com
o risco de utilizarem coletes à prova de balas vencidos, poucas
munições (vencidas) que têm que ser racionadas por anos.
Para se ter uma ideia do descaso da
secretaria de segurança do Piauí, para a região de Teresina que
abrange Altos, Beneditinos, Coivaras, Curralinhos, Demerval Lobão,
José de Freitas, Lagoa Alegre, Lagoa do Piauí, Miguel Leão,
Monsenhor Gil, Teresina e União, apenas 7 agente fizeram o curso de
formação, ou seja, não dá nem mesmo um agente por delegacia,
tendo em vista que só na capital existem 18 distritos, fora as
delegacias especializadas. E mais, para ACADEPOL que tem capacidade
para 240 alunos, só foram convocadas 80 pessoas para o curso de
formação para ocupar vagas no Piauí todo, ou seja, dinheiro
público indo para o ralo.
Perícia Médica
Hoje, quando morre alguém em Campo
Maior é o maior “sufoco”, pois além de ter que esperar horas
para o IML chegar de Teresina, na cidade não existe médico legista.
Há concursados, mas nunca foram convocados para trabalhar. Quando há
morte violenta em qualquer região do Piauí, como, por exemplo, em
Castelo do Piauí é preciso que o corpo seja levado a Teresina para
que seja feita perícia, algo inadmissível, pois há pessoas
concursadas que poderiam evitar todo esse transtorno.
Por Weslley Paz