Nesta quinta-feira
(26/07) às15h, a Associação dos Docentes da Universidade Federal
do Piauí (ADUFPI) realizou uma assembleia unificada em todos os
campi para debater a proposta apresentada pelo governo federal na
última terça-feira (24). O parecer da categoria deve ser
apresentado até a próxima semana.
Pela proposta, os
reajustes oferecidos variam entre 25% e 45% para todos os docentes.
Os valores seriam pagos num período de três anos, a partir de março
de 2013, para as retribuições por titulação (RT) e não no
vencimento básico dos docentes, gerando perda salarial. A
reestruturação da carreira e as melhorias nas condições de
trabalho, maiores motivos da greve, não foram apreciadas pelo
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Segundo o presidente da
ADUFPI, Mário Ângelo, o governo federal apenas reapresentou a
primeira proposta.
“O Ministério do
Planejamento não alterou em nada a primeira proposta. Os professores
da Universidade Federal do Piauí lutam por uma universidade pública
de qualidade, valorização profissional, autonomia das unidades
acadêmicas, além de melhores condições para o desenvolvimento de
pesquisa e extensão. Realizaremos uma assembleia em todos os campi
para avaliar a nova proposta governamental”, afirmou o presidente
da ADUFPI.
O governo aumentou os
recursos disponíveis de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,2 bilhões em três
anos atendendo, principalmente, os docentes com mestrado, que teriam
as perdas maiores na proposta anterior. O reajuste, no entanto, não
leva em consideração a inflação do período, não havendo ganho
real para a categoria.
A nova proposta fere,
ainda, a autonomia universitária, uma vez que prevê a criação de
um grupo de trabalho composto por reitores, membros do Ministério da
Educação e representantes da categoria docente para disciplinar
como se darão as progressões funcionais. Os representantes das
instituições federais de ensino continuam insatisfeitos com a
oferta do governo.
Ascom