29 de agosto de 2010

Sucessão: briga de foice

O povo do Piauí vai merecer o governo que escolher nas eleições que se avizinham. Por isso, o eleitor deve analisar com cuidado as propostas e pretensões dos principais candidatos. Se bem que este conselho é dado pelas instituições responsáveis pelo pleito diariamente nos meios de comunicação. Mesmo assim, se mensurado os números sobre quem segue essa “receita”, os indicadores dariam resultados decepcionantes.

Ainda permanece vivo o Leão que engole e atormenta os candidatos menos aquinhoados. Os poderosos, abalizados pelo capital financeiro ou por influência outras, advindas sob conquistas do poder público permanecem a comandar o destino do povo através destes componentes. Ilícitos, sim. Mas, nas sucessivas eleições que acontecem a cada dois anos neste país, a junção de fatores como estes direcionam o voto popular.

Para a sucessão estadual deste ano no estado do Piauí nunca se viu tanto derrame de dinheiro se comparada a campanhas anteriores. Na luta pelo poder vale tudo. Até briga feroz de antigos aliados, que hoje botaram as roupas sujas para lavar fora de casa. Leia-se a briga entre o governo do estado e o antigo aliado por causa das obras inacabadas. O fato está indo além dos limites da fronteira.

Por um lado, o governo acusa a Construtora Sucesso pelo o atraso das obras – na maioria estradas e pontes sem conclusão dos serviços. Do outro, o opositor e defensor da empresa, que é de propriedade do pai, rebate acusando o governo de quebra de contrato. E por aí, por cima dessas estradas e pontes muita poeira ainda vai rolar. Contudo, o intrigante em toda essa história é que isso só veio à tona recentemente e durante o período “mais quente” da campanha.

Inteligentes, os dois candidatos quem ora se digladiam por esse motivo: Wilson Martins e João Vicente Claudino sabem que um está invadindo o terreno do outro. Com a proximidade do pleito e a dança dos números das pesquisas, toda e qualquer estratégia para derrubar o inimigo é válida. O importante é vencer. Afinal, eleição é como guerra, ganha o esquadrão que utilizar durante o jogo a melhor tática.

Mas, e o povo? Esse como principal coadjuvante na história como absorve tudo isso? Será que ele se beneficia com atos dessa natureza? Claro que não. É visível que um imbróglio como esse prejudica o desenvolvimento do Estado e consequentemente atinge a todos. Quem estaria certo ou errado nessa história não é questão para ser julgada por este humilde escriba. No entanto, percebe-se que o fato está sendo utilizado para enfraquecer um dos dois candidatos. Com a palavra, o eleitor!

Jânio Holanda - Jornalista