O governo tanto alardeou o enxugamento da máquina estadual prometendo uma bendita reforma paro o bom funcionamento das ações administrativas que todo mundo dizia: “o homem é corajoso, o governo agora é do Wilsão”. Ora, todos sabem que o governo é mesmo do Wilsão, no entanto, aqueles que estavam fartos dos costumes petistas pensavam que agora eles seriam contidos pelo novo governo de Wilson Martins, afinal no velho governo - mesmo tendo ele no comando - ainda pertencia ao PT.
É fato constatado que após a substituição de Wellington Dias por Wilson Martins o governo permaneceu o mesmo. Wilson procurou não bulir naquilo que Wellington havia deixado. Inteligente, com eleições a vista, embarcou na canoa de Wellington onde a popularidade e aceitação dele ultrapassava limites de fronteiras. Por isso, conduziu o seu meio governo surfando nas ondas do petista. Foi para o campo e venceu com m certa facilidade as eleições.
Eleito com os votos da maioria dos eleitores piauienses e o poio de quase todas as matizes partidárias do Estado, Wilson Martins agora se sente livre das amarras do PT para governar o Piauí a seu estilo. Na primeira entrevista coletiva mandou logo um recado para os aloprados avisando que faria uma grande reforma na estrutura administrativa estadual com fusão e extinção de órgãos que, segundo ele, apenas davam despesas aos cofres públicos.
A ideia obteve até o elogio da oposição que sempre combateu o inchaço da máquina e o seu grandioso tamanho. É bom lembrar que Wellington Dias fez duas reformas administrativas durante os anos que comandou o Piaui. A primeira foi um fracasso. Contratou uma empresa de consultoria de fora, que desconhecia totalmente o Estado e após imprimir várias mudanças na organização acabou o tiro saindo pela culatra. Somado a esse fator negativo ainda houve os pitacos dos petistas que somente serviram para enterrar de vez a tal reforma.
Na segunda reforma até que o governo de Wellington se sobressaiu porque acomodou todos os aliados, aumentando o número de secretarias e criando asa tais coordenadorias. Neste sentido, os únicos reclames eram da oposição, que devido ser uma minoria pouco tinha ecos. O resultado de tudo isso causou enormes prejuízos aos cofres públicos com o aumento das despesas e as paralizações de dezenas de obras iniciadas e ainda hoje inacabadas.
Esses fatores acabaram sendo empurrados coma a barriga dos governistas por causa das eleições. Wilsão venceu o pleito enaltecendo a grandiosidade do presidente Lula sobre apoio que ele dava ao Piauí, além da junção no mesmo bloco de quase todas as lideranças municipais. Ciente de que campanha eleitoral é uma coisa e administrar um Estado quase falido é outra, Wilson Martins já sabendo da dificuldade que teria para governar, assim que ganhou o pleito foi logo anunciando uma reforma na máquina estadual para poder tocar o Estado pra frente.
A poucos dias da posse cumpriu com a palavra e de imediato elaborou o texto da prometida reforma e mandou para ser votada na Assembleia Legislativa. Resultado: o impacto esperado não surtiu grande efeito, pois o projeto do governo é tímido e não economiza muita coisa para os cofres do estado. Apenas pequenas mudanças fora feitas. Também pudera. Já pensou se o governo extingue as tais coordenadorias onde seriam agraciados os aliados? Dolorosa interrogação!.
Jânio Holanda – Jornalista