Mesmo
após o ofício (Ofício Circular Conjunto nº 03/2012
SESU/SETEC/MEC) obrigando a retomada das atividades pelas
Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), os professores da
Universidade Federal do Piauí afirmaram que não retornarão às
salas de aula, pois suas reivindicações não foram atendidas.
Segundo
o ofício, as negociações do governo federal com as representações
sindicais dos docentes em greve foram concluídas no dia 1º de
agosto, ademais, as etapas para aplicação do plano de carreira da
categoria estariam em andamento. Em contrapartida, o Comando Local de
Greve-UFPI afirma que o documento não expressa a verdade dos fatos,
uma vez que nenhuma negociação foi acordada com o Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior
(ANDES-SN) e nem com o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da
Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe),
entidades que representam mais de 50 universidades em greve.
A
representação sindical ao qual o oficio se refere é a Federação
de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino
Superior (Proifes),
entidade que detém somente 2% de associados do contingente de
docentes. As
negociações com os professores das universidades e institutos
federais iniciaram‐se no ano passado, no entanto a pauta de
reivindicação da categoria foi protocolada junto ao Ministério da
Educação desde 2007.
Ainda
segundo o documento, em agosto de 2011 o governo concordou em
conceder, em março deste ano um aumento linear de 4% nos salários e
incorporar as principais gratificações. O que foi esquecido, porém,
é que tal concessão seria um atendimento mínimo em “caráter
emergencial”. Deste modo, o governo federal não pode alegar que o
acordo assinado com o Proifes “contempla o fortalecimento dos
pilares máximo da universidade de excelência”, uma vez que
nenhuma instituição pública pode atingir excelência quando a
mesma não tem suas demandas mínimas atendidas.
A
expectativa do MEC é que as universidades e institutos federais
retomem as atividades. A posição defendida pelo CNG-ANDES e pelo
CLG-UFPI é que a greve somente acabe quando a categoria deliberar
pelo fim da paralisação.
Assessoria
da ADUFPI