Os vereadores Neto dos Corredores (PSB) e Paiva Filho do (PPS) receberam denuncias de que a prefeitura já estaria despejando lixo no local onde está sendo construído o Aterro Sanitário de Campo Maior, antes mesmo de a obra ser concluída. Os parlamentares se deslocaram até o local e constataram as irregularidades. Eles flagraram o momento em que uma máquina da prefeitura estava aterrando o lixo que foi despejado antes mesmo da obra ser concluída e em local impróprio.
No oficio encaminhado a Secretária Municipal de Meio Ambiente, Conceição Paz, os parlamentares informam que os tanques onde serão depositados os resíduos após a instalação de uma camada impermeável de polietileno, que é uma espécie de manta, estão totalmente inundados, trazendo incerteza quanto ao local onde o mesmo foi escavado, podendo assim trazer problemas futuros.
Eles constaram ainda que foi feita a
abertura de uma vala sem a instalação desta camada onde está sendo
despejado lixo comum e reciclável sem nenhum tratamento. Colocando
em risco a comunidade local, devido a infiltração de poluentes no
lençol freático.
Os vereadores pedem a imediata
suspensão do despejo irregular de lixo no local, pois a A referida
vala não consta no projeto aprovado pela FUNASA. Caso contrário a
secretária poderá responder a dano e degradação ambiental.
“Caso isso não ocorra, nós iremos
levar o caso ao conhecimento das autoridades competentes a fim de que
sejam tomadas as medidas necessárias para que se mantenha a função
e objetivo da implantação do Aterro Sanitário, que é depositar
resíduos de forma correta, diminuindo os impactos ambientais de
forma sustentável”, disse Neto dos Corredores.
Neto contou que ao chegar ao local, as
máquinas da prefeitura estavam aterrando o lixo as pressas, porque o
vereador Paiva já havia procurado a secretaria para saber se isso
estaria acontecendo. “Fiquei sabendo que as máquinas passaram a
noite trabalhando, pra tentar esconder o erro, mas as fotos estão ai
pra mostrar as irregularidades”, concluiu o parlamentar.
O projeto do aterro sanitário foi
elaborado ainda na gestão do ex-prefeito João Félix e tem o
recurso de R$ 1,2 milhão de reais garantido através de convênio
com a FUNASA. Já foram liberados praticamente R$ 800 mil reais no
qual foram adquiridos dois carros compactadores, uma
retro-escavadeira, o terreno e a cerca.
O aterro está sendo construído em uma
área de 29 hectares, na comunidade Lagoa Seca, a 10 quilômetros de
Campo Maior e prevê a construção de um galpão para a reciclagem
de lixo, poços para monitoramento ambiental e várias trincheiras
com camada impermeável de polietileno para depositar resíduos
sólidos. O local será usado para a destinação correta dos
resíduos sólidos com a coleta seletiva de lixo.