6 de julho de 2013

Vereadores flagram irregularidades na construção do aterro sanitário de Campo Maior


Os vereadores Neto dos Corredores (PSB) e Paiva Filho do (PPS) receberam denuncias de que a prefeitura já estaria despejando lixo no local onde está sendo construído o Aterro Sanitário de Campo Maior, antes mesmo de a obra ser concluída. Os parlamentares se deslocaram até o local e constataram as irregularidades. Eles flagraram o momento em que uma máquina da prefeitura estava aterrando o lixo que foi despejado antes mesmo da obra ser concluída e em local impróprio.

No oficio encaminhado a Secretária Municipal de Meio Ambiente, Conceição Paz, os parlamentares informam que os tanques onde serão depositados os resíduos após a instalação de uma camada impermeável de polietileno, que é uma espécie de manta, estão totalmente inundados, trazendo incerteza quanto ao local onde o mesmo foi escavado, podendo assim trazer problemas futuros.


Eles constaram ainda que foi feita a abertura de uma vala sem a instalação desta camada onde está sendo despejado lixo comum e reciclável sem nenhum tratamento. Colocando em risco a comunidade local, devido a infiltração de poluentes no lençol freático.

Os vereadores pedem a imediata suspensão do despejo irregular de lixo no local, pois a A referida vala não consta no projeto aprovado pela FUNASA. Caso contrário a secretária poderá responder a dano e degradação ambiental.


“Caso isso não ocorra, nós iremos levar o caso ao conhecimento das autoridades competentes a fim de que sejam tomadas as medidas necessárias para que se mantenha a função e objetivo da implantação do Aterro Sanitário, que é depositar resíduos de forma correta, diminuindo os impactos ambientais de forma sustentável”, disse Neto dos Corredores.

Neto contou que ao chegar ao local, as máquinas da prefeitura estavam aterrando o lixo as pressas, porque o vereador Paiva já havia procurado a secretaria para saber se isso estaria acontecendo. “Fiquei sabendo que as máquinas passaram a noite trabalhando, pra tentar esconder o erro, mas as fotos estão ai pra mostrar as irregularidades”, concluiu o parlamentar.


O projeto do aterro sanitário foi elaborado ainda na gestão do ex-prefeito João Félix e tem o recurso de R$ 1,2 milhão de reais garantido através de convênio com a FUNASA. Já foram liberados praticamente R$ 800 mil reais no qual foram adquiridos dois carros compactadores, uma retro-escavadeira, o terreno e a cerca.

O aterro está sendo construído em uma área de 29 hectares, na comunidade Lagoa Seca, a 10 quilômetros de Campo Maior e prevê a construção de um galpão para a reciclagem de lixo, poços para monitoramento ambiental e várias trincheiras com camada impermeável de polietileno para depositar resíduos sólidos. O local será usado para a destinação correta dos resíduos sólidos com a coleta seletiva de lixo.


Por Weslley Paz